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| Foto: Valdrin Xhemaj/ EFE
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A segurança roubou a cena na Fórmula 1. Pouco se falou de Ferrari, Red Bull, McLaren ou de Sebastian Vettel, Fernando Alonso e Lewis Hamilton. A turbulência que ronda o Bahrein e um possível cancelamento do Grande Prêmio foi o assunto que antecedeu a corrida deste domingo, a quarta da temporada. A largada é às 9 horas.

Houve muita saia-justa. Algumas diretamente relacionadas ao Brasil. Depois de comparar a sensação de insegurança de ir ao Bahrein em meio às tensões entre manifestantes e forças do governo à realidade do Brasil, Martin Whitmarsh, chefe da equipe McLaren, tratou de colocar panos quentes. Ao menos em termos. O inglês afirmou que reconhece as diferenças das duas situações, mas voltou a dizer que não se sente confortável quando a Fórmula 1 visita Interlagos.

"São ambientes muito diferentes, obviamente. O fato é que corremos em todos os tipos de lugares no mundo. No último verão, não gostaria de estar andando por Londres durante agosto", comparou, citando as manifestações que marcaram a capital britânica no ano passado. "Houve momentos saindo do circuito no Brasil nos quais me senti um tanto desconfortável, assim como em vários lugares do mundo."

Ainda que não se sinta seguro nas ruas de São Paulo, Whitmarsh diz gostar de correr no país. "Não sei como foi passado adiante o que eu disse. Amamos o Brasil, amamos ir para lá."

Na semana passada, quando perguntado se considerava o Bahrein inseguro demais para a realização da corrida, o chefe da McLaren afirmou que as medidas de segurança não seriam muito diferentes das tomadas para a corrida de Interlagos. "Viajamos para o Brasil, para uma série de lugares. Sabemos das medidas de seguranças que temos de tomar quando visitamos alguns países, e não ficamos tão confortáveis quanto gostaríamos, mas não decidimos a respeito disso. Há um nível de estresse ao ir ao Brasil, entrar e sair [do circuito] em segurança. Há um nível de estresse quando se vai para a Índia."

Questionado se sua opinião a respeito do país era devido à abordagem sofrida por Jenson Button em 2010, em São Paulo, quando o piloto teve o carro cercado por homens armados, Whitmarsh lembrou que este não foi um episódio isolado.

"Naquela ocasião, houve uma ameaça real e séria. Vimos isso diversas vezes no Brasil. Tomamos as medidas que achamos cabíveis. No momento há problemas claros no Bahrein, mas não acreditamos que haja qualquer ameaça individual a qualquer um de nós."

Bernie Ecclestone, um dos grandes defensores da realização da prova mesmo com o clima instável e que forçou o cancelamento da corrida de 2011, afirmou na sexta-feira que nada tem a ver com a situação. "Não posso cancelar esta corrida. Não tem nada a ver com a gente. Temos um acordo", afirmou o detentor dos direitos comerciais da F1.

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