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O governador Orlando Pessuti garantiu que a Copa segue na Arena da Baixada, mas não revelou com clareza a mágica que acabou com o impasse do poder público com o Atlético. | Antonio Costa/Gazeta do Povo
O governador Orlando Pessuti garantiu que a Copa segue na Arena da Baixada, mas não revelou com clareza a mágica que acabou com o impasse do poder público com o Atlético.| Foto: Antonio Costa/Gazeta do Povo

Governo do estado, prefeitura de Curitiba e Atlético unificaram o discurso sobre a Copa de 2014. A hipótese de um plano B para receber os jogos do torneio da Fifa no Paraná foi praticamente descartada. Todos fecharam com a Arena da Baixada.

Em uma reunião que durou cerca de duas horas, ontem, no Palácio das Araucárias, as partes chegaram a um consenso. Saíram afirmando que di­­ficilmente o estádio do Rubro-Negro vai ser excluído da competição.

A solução não é nenhuma novidade – exceto o fato de o clube não assumir nenhum ônus financeiro extra. O potencial construtivo da área onde fica a praça es­­por­­tiva atleticana será cedido pe­­la prefeitura para a construtora interessada em bancar 66,6% da empreitada. Os outros 33,3% – como já havia sido acertado – são responsabilidade do Atlético. O total da demanda está orçado hoje em R$ 138 milhões

Segundo o governador Or­­lando Pessuti, já "há três ou quatro construtoras interessadas". Porém, o nome de nenhuma foi revelado. Caberá ao clube da Baixada indicar a executora da maior parte da reforma.

"Estamos encaminhando pa­­ra uma solução que tenho certeza ocorrerá ainda neste mês de agosto", indicou o governador, garantindo haver grupos empresariais que nem precisariam de financiamento para realizar a obra. "A minha certeza é que a Co­­pa será em Curitiba e na Are­­na", cravou.

O presidente do Furacão, Mar­­cos Malucelli, foi outro a sair sa­­tisfeito do encontro. O dirigente, antes tratado pelo poder público como vilão, mudou radicalmente o discurso sobre o im­­passe.

"Agora, só uma reviravolta ti­­ra a Arena da Copa", confirmou o mandachuva atleticano, sem explicar detalhes dessa fórmula mágica. Luiz de Carvalho, gestor do evento em Curitiba, opinou: "Acredito que o Atlé­­ti­co entendeu o propósito e o ca­­minho indicado pela prefei­­tu­­ra e o governo."

A partir de hoje, integrantes do comitê paranaense correrão atrás dos departamentos técnicos e jurídicos do mu­­nicípio e do estado. A intenção é acelerar as isenções fiscais que serão dadas a quem bancar a construção e, também, a forma legal de ceder o po­­tencial construtivo.

O objetivo é iniciar as obras a partir de janeiro. O Atlético crê que em dois anos pode finalizar os trabalhos e en­­tregar o estádio antes de dezembro de 2012.

Mas os entraves para atrasar essa meta são muitos. Para se escolher a construtora é necessária licitação. Os valores do projeto também precisam ser orçados novamente, pois os anteriores já estão ultrapassados, o que deve demorar cerca de 90 dias. "Mais do que os R$ 138 milhões orçados com certeza não será", falou Pessuti.

Ficou ajustado entre as partes a criação de uma comissão técnica com o objetivo de atualizar os custos da obra, composta por membros das esferas políticas e do Atlético.

As iniciativas da isenção de im­­postos e do potencial construtivo ainda dependem de aprovação da Assembleia Legislativa e da Câmara Municipal, respectivamente. O Conselho Deliberativo do Atlético também precisa votar a manobra.

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