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A Federação Paranaense de Futebol já admite abrir mão do Pinheirão. Para ficar sem o estádio, contudo, pretende ao menos quitar todas as dívidas adquiridas com o local.

No último dia 21, a área de 124.553 metros quadrados foi arrematada em leilão pelo grupo Tacla, por valor de R$ 11,2 milhões. Ontem, a FPF entrou com um recurso no Tribunal de Justiça contestando, entre outras coisas, o valor da avaliação do terreno, que na hasta partiu com um lance mínimo de R$ 9,7 milhões.

"Lá só diz que é um terreno com um estádio em cima. Mas há muitas benfeitorias feitas e inclusive um barracão que não foi considerado", afirma o advogado da Federação, Vinícius Gasparini.

A pretensão da entidade é que se faça uma nova análise do valor da área, na qual o advogado tem esperança de que se chegue a um valor próximo dos R$ 20 milhões. Assim, com o dinheiro e mais algumas composições, seria possível pagar a todos os credores – além da Prefeitura, também INSS, Atlético e o escritório de advogacia de Augusto Mafuz.

"A vontade do presidente Aloísio (Ferreira) é manter a área, afinal o estádio é dos clubes. Mas, se conseguirmos pagar todos os débitos, a Federação ao menos começaria 2008 administrável", analisa Gasparini.

No recurso que pede a impugnação do leilão, o advogado também aponta que algumas etapas do processo não foram respeitadas. Entre elas, por exemplo, a não notificação dos proprietários de cadeiras e boxes do estádio – que seriam também donos de parte do local – e os outros credores antes de leiloar o bem.

Normalmente, um recurso dessa natureza demora por volta de três meses para ser analisado. Independentemente do que for decidido, ainda caberá um novo recurso às partes. Hoje, a FPF informará sobre o agravo à 4.ª Vara da Fazenda Pública, que determinou a realização do leilão, para que ela não dê a carta de arrematação ao Grupo Tacla. Caso a carta seja entregue, a Federação entrará com novo recurso.

O Grupo Tacla é responsável por empreendimentos como o Shopping Crystal, em Curitiba, Shopping Itajaí, em Santa Catarina, o Palladium, em Ponta Grossa e Curitiba – este a ser inaugurado em abril de 2008, com a ambição de ser o maior da região Sul. Sobre a destinação do espaço discutido em juízo, a empresa ainda não se manifestou, mas se especula que também seria utilizado para a construção de outro centro comercial.

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