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A Federação Paranaense de Futebol (FPF) saiu à caça do "Bruxo" – alcunha dada ao operador do suposto esquema de corrupção na arbitragem. Uma busca que pode até mesmo acarretar na eliminação do Operário, líder do Grupo A da Série Prata. É o que mostra reportagem da Gazeta do Povo.

Dizendo-se indignada com o possível mensalão de R$ 2 mil dado aos juízes para manipular resultados, a entidade solicitou ontem ao Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PR) a abertura de inquérito contra a equipe de Ponta Grossa e o seu diretor e tesoureiro Sílvio Gubert, responsável pela propagação do suborno.

Em reportagem da ESPN Brasil, veiculada no domingo à noite, o cartola ponta-grossense revelou a existência de caixa 2 no apito e também deu a entender que repassava dinheiro do clube ao (ainda) anônimo intermediário. O esquema estaria garantindo ao representante dos Campos Gerais sucesso em campo.

Caso seja confirmada a culpa, o Fantasma da Vila Maria – assim como os atravessadores e receptores – seria enquadrado no artigo 241 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva ("Dar ou prometer qualquer vantagem a árbitro ou auxiliar de arbitragem para que influa no resultado da partida, prova ou equivalente."). A pena nesta situação surge como uma das mais pesadas: o banimento dos envolvidos.

O presidente da FPF também promete apurar tudo. "Pedi a todas as associações da Série Prata para que me passassem informações sobre esse tal de Bruxo, figura da qual jamais ninguém ouviu falar. Queremos saber a verdade. Quem garante tal existência, terá de se explicar. Nem que para isso cheguemos ao extremo de quebrar sigilo telefônico ou coisa do gênero", avisa Moura.

O juiz Henrique França Triches, comandante da Associação Paranaense de Árbitros, atualmente com 280 filiados, também quer esclarecer o caso: "Queremos saber não só quem articulava isso, mas também aqueles que entraram na rede. Se existe essa tramóia, alguém aceitou receber dinheiro sujo", comenta.

Depois das acusações, o diretor e tesoureiro do Ponta Grossa, Sílvio Gubert, pediu afastamento. Agora, como também mostra a Gazeta do Povo, os jogadores e comissão técnica do time temem que as acusações se voltem contra a equipe. Segundo eles, os árbitros, para provarem que não beneficiam o clube, podem vir a ser rigorosos demais contra o time que lidera a segunda divisão do Paranaense.

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