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Königstein – A cidade de Königstein ficou com poucos acenos, raros autógrafos e uma imensa má impressão da seleção brasileira. A delegação deixa hoje a cidade após 11 dias de frustração à maioria dos moradores. Ao contrário de Weggis, na Suíça, a pequena cidade alemã, não obteve o retorno esperado ao abrigar a seleção mais badalada do Mundial.

O orgulho de receber os astros começou a ruir logo após a chegada. O esperado treino aberto, o último antes da estréia na Copa do Mundo, foi transferido de Königstein para Offenbach, a 40 minutos de distância. A alegação foi falta de segurança.

Um golpe duro. "Por que não falaram isso antes? Desde o começo do ano todos estávamos nessa expectativa. Se tivessem pedido, certamente fariam uma estrutura diferente. Fomos iludidos", cobrou a moradora Sabina Werner.

Sem poder ver os craques em ação, muitos visitantes-torcedores desistiram de ir à cidade e os números traíram todas as previsões dos organizadores. "Nós esperávamos de 5 mil a 10 mil pessoas diariamente na cidade. O máximo que tivemos foi no domingo passado, um feriado, quando 4,5 mil pessoas vieram aqui", contabilizou o prefeito Leonhard Helm.

Empossado às vésperas do desembarque da delegação verde-amarela, o político não exibia mais nenhum traço da empolgação anterior. "Fiquei satisfeito por ter oferecido uma boa estrutura. Para mim até foi bom, pois assisti a alguns treinos, vi os jogadores. Mas os moradores ficaram desapontados de não terem nenhum acesso a eles, especialmente as crianças. No balanço final, fiquei triste", revelou.

E só não ficou mais porque ontem, após dez dias de seleção em Königstein, um representante brasileiro (o chefe da delegação Marco Polo Del Nero) agradeceu a hospitalidade.

Para receber bem os pentacampeões, a cidade ignorou gastos públicos e investiu cerca de 500 mil euros. Oitenta mil euros só no campo de treinamento e uma boa quantia numa intensa programação cultural.

Mas a festa esperada não aconteceu. Na maioria dos dias a praça central da cidade, onde toda a estrutura foi montada, ficou às moscas. "Não investimos para ter lucro, sabíamos que gastaríamos mais do que receberíamos. Só esperávamos aproveitar mais a seleção. Não tivemos o melhor deles", avaliou o prefeito.

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