Osaka Enrolado na bandeira dos Estados Unidos, o queniano naturalizado americano Bernard Lagat esfregou os olhos e colocou a mão direita no peito enquanto ouvia o hino nacional americano. Motivo não faltava. Em sua primeira competição importante por seu novo país ele se naturalizou em 2004, mas só recebeu permissão para competir pelos Estados Unidos internacionalmente neste ano , Lagat não só conquistou o ouro nos 1.500 m como colocou fim a um jejum que durava 99 anos. O último compatriota a vencer a prova havia sido Mel Sheppard, nos Jogos Olímpicos de Londres-1908.
"Nunca estive mais feliz do que hoje [ontem]. Estou vestido assim [enrolado na bandeira] desde a hora que cruzei a linha de chegada. Significa muito para os Estados Unidos. Eu consegui. Mas não sabia como comemorar porque eu nunca fui o número um", afirmou.
Lagat ganhou com o tempo de 3min34s77, e levou a melhor no duelo com Rashid Ramzi, do Bahrein, o primeiro homem a vencer tanto os 800 m como os 1.500 m, no Mundial de Helsinque-2005, que ficou com a prata (3min35s00). O queniano Shadrack Korir foi bronze (3min35s04).
Entre os brasileiros, Anselmo Gomes da Silva fez o quinto melhor tempo na segunda bateria eliminatória, 13s58, e se classificou para a semifinal dos 110 m com barreiras. No salto triplo, sua especialidade, Keila Costa conseguiu a quinta melhor marca, 14,36 m, e garantiu vaga na final, amanhã. Maurren Maggi, que também estava inscrita na prova, sentiu dores musculares durante o aquecimento e preferiu não competir.
Na TV: Mundial de Atletismo, às 7h30, no Sportv2.
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