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A vitória significaria entrar na briga por uma vaga na Libertadores. Porém, mesmo com a Arena perto da lotação máxima pela primeira vez em 2006, o Atlético ficou apenas num empate sem gols com o São Paulo. No fim das contas ganhou uma posição – ultrapassou o Juventude e subiu para 9.º –, e agora está exatamente entre o objetivo e a preocupação: cinco pontos atrás do último classificado para o torneio continental e cinco na frente do primeiro da zona de rebaixamento.

Envolta num clima de rivalidade que lembrava um Atletiba, a partida começou com uma sucessão de lances ríspidos, gerando do temor de que a violência se sobrepusesse ao futebol. Porém a truculência não durou mais do que alguns minutos, como se cada jogador quisesse passar de cara ao adversário a mensagem de que na força não estava disposto a perder.

Depois veio a fase de estudos. Rompida apenas aos 14 minutos com o melhor momento atleticano no primeiro tempo. Foram três chances no mesmo lance: Cristian arriscou de fora, Bosco deu rebote e depois saiu para travar Denis Marques. Na sobra, Marcos Aurélio mandou por cima.

O lance deu a impressão de que o Furacão aproveitaria a força da torcida para sufocar o líder. Mas aos poucos foi se rendendo ao bom toque de bola são-paulino. Pelo menos a defesa voltou a se comportar muito bem.

A maioria dos arremates ao gol de Cléber foram de longe e para fora. É verdade que o São Paulo sofreu com a pouca qualidade do estreante Edgar no ataque. O grandalhão, que disputou a Série C pelo Joinville, fez bons treinos durante a semana e começou a ser chamado de Edgol pela imprensa paulista. Ontem, porém, não chegou nem perto de justificar o apelido.

Além de marcar forte, o Rubro-Negro tentava usar sua principal arma: a velocidade do trio ofensivo Ferreira, Marcos Aurélio e Denis Marques. Porém, na maioria dos contra-ataques o erro no último passe atrapalhava.

O técnico Vadão tentou a entrada dos reservas habituais, Válber, William e Paulo Rink. Na base da empolgação, apesar do desgaste provocado pela viagem a Buenos Aires, a equipe até conseguiu nos últimos minutos o que a torcida queria desde o início: sufocar o Tricolor paulista.

Mas desta vez não teve gol de William de cabeça nos acréscimos – como nos jogos contra Santa Cruz e Goiás. O projeto de entrar na briga pela vaga na Libertadores ficou para quarta-feira, desde que o time vença o Juventude, em Caxias do Sul. Sempre com o cuidado de lembrar que à mesma distância está a faixa de risco da tabela.

Em Curitiba

Atlético 0Cléber; Jancarlos, Danilo, João Leonardo e Michel; Erandir, Marcelo Silva, Cristian (William) e Ferreira (Válber); Marcos Aurélio (Paulo Rink) e Denis Marques.Técnico: Vadão.

São Paulo 0Bosco; Ilsinho, Fabão, Miranda e Júnior; Mineiro, Josué, Souza (Ramalho) e Danilo; Leandro (Lenílson) e Edgar (Thiago).Técnico: Muricy Ramalho.

Estádio: Arena. Árbitro: Cléver Assunção Gonçalves (MG). Amarelos: Mineiro, Leandro, Fabão (S). Público pagante: 20.680 (total de 22.670). Renda: R$ 450.720,00

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