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A enorme experiência de Evaristo de Macedo, 72 anos, faz com que poucas coisas no futebol ainda surpreendam o treinador atleticano. Como técnico ou jogador, ele já enfrentou e teve ao seu lado estádios com mais de 100 mil pessoas. Porém, mesmo com todo tipo de situação já presenciada, a força do Furacão na Arena segue encantando o técnico, que reestréia no comando no Rubro-Negro, hoje, às 18h10, contra o Flamengo, nove anos após sua primeira passagem pelo clube.

Evaristo reconhece que a principal arma do clube para ficar longe da Série B é o aproveitamento dentro de casa. Mesmo em 15.º lugar na tabela, o time está invicto há nove jogos como mandante, e para não correr nenhum risco de rebaixamento, precisa conquistar 17 dos 21 pontos que restam para ser disputados diante da torcida – sem precisar dos jogos como visitante.

A estatística fica ainda mais explícita quando os números de campanhas bem melhores do que a de 2005 são contabilizados. No ano passado, sob o comando de Levir Culpi, o vice-campeonato nacional foi conquistado com aproveitamento de 81,2% na Arena. Em 2001, o time campeão brasileiro com Geninho conquistou 87,1% dos pontos jogados em casa. O próprio Evaristo, em 1996, conquistou 82,8% dos pontos orientando o Atlético como anfitrião.

Desde quando deixou o Furacão, após a sexta colocação conquistada no Brasileiro de 96, Evaristo só retornou uma vez ao Caldeirão. Foi como adversário: perdeu por 2 a 1, com o Bahia, em 2003. Apesar dos raros reencontros, Evaristo mantém na memória a admiração pelo comportamento do público durante a primeira passagem pelo clube.

"Naquela época não era a Arena atual. Talvez não tivéssemos tantos torcedores, mesmo assim a pressão no adversário era forte", lembra o treinador.

O que Evaristo não quer é voltar a sentir os momentos de desespero das últimas três temporadas. Em 2002, salvou o Flamengo da Segundona nas últimas rodadas. No ano seguinte, comandou o Bahia na maior parte da campanha em que a equipe foi rebaixada. Por fim, em 2004, assumiu o Vitó0ria para evitar a degola, mas não conseguiu. Sem desejar problemas em Curitiba, pede o apoio incondicional da torcida.

"A torcida empurrando é um jogador a mais. Pelo momento que os jogadores vivem, precisam ser estimulados pelo público para não cair de rendimento. Por isso todos têm de empurrar", pediu.

Atlético x Flamengo, às 18h10 - 02/10.

Local: Arena da Baixada, em Curitiba-PRÁrbitro: Cleber Wellington Abade (SP)Auxiliares: Marinaldo Silvério e Evandro Silveira (SP)

Atlético - Tiago; Jancarlos, Danilo, Paulo André e Marcão; André Conceição, Cristian, Evandro e Ferreira; Aloísio e Finazzi. Técnico: Evaristo de Macedo

Flamengo - Diego; Leonardo Moura, Júnior Baiano, Renato Silva e André; Fabiano, Jônatas, Renato e Fellype Gabriel; Josafá e Fábio Júnior. Técnico: Andrade

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