Furacão faz bonito e vence no retorno de Dagoberto

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O grande destaque do jogo entre Atlético e Flamengo poderia ter sido simplesmente o placar de 2 a 0 para o Furacão, na tarde/noite deste domingo. Porém, a estréia do técnico Evaristo de Macedo, e o retorno de Dagoberto, e cinco bolas na trave roubaram a cena na Arena da Baixada.

A torcida marcou presença e pôde ver um time determinado a conquistar os três pontos de uma vitória. Mesmo com a ousadia do time carioca, que foi para cima da defesa atleticana sem medo das conseqüências, o Furacão não sucumbiu. As coisas ficaram ruins para o Flamengo, e ótimas para o Atlético, quando o volante Fabiano foi expulso na metade da primeira etapa.

O jogo transcorreu muito movimentado. No 1.º tempo foram quatro bolas trave, duas para cada lado (e mais uma no 2.º tempo). O resultado de toda esta movimentação foi a vantagem obtida pelos paranaenses com os dois gols da primeira etapa, um de Jancarlos e outro de Ferreira.

No 2.º tempo o jogo diminuiu de ritmo. As duas equipes reforçaram a marcação, mas erraram muitos passes. O árbitro Cléber Wellington Abade esteve muito bem no jogo, principalmente disciplinarmente. Na segunda etapa aconteceram mais duas expulsões, uma para o Furacão e outra no Flamengo.

Mas a melhor parte do jogo foi vista após os 28 minutos do 2.º tempo. A torcida vibrou muito com a entrada do atacante Dagoberto que, depois de 11 meses fora dos gramados, incendiou a partida. Muitas chances de gol foram criadas, mas o placar já estava definido desde o 1.º tempo.

Primeiro tempo

A partida começou com o domínio do Flamengo. O rubronegro carioca foi ousado desde os primeiros minutos de jogo e ameaçou com freqüência o gol do Atlético. Aos 13 minutos, por exemplo, em uma jogada rápida Fábio Júnior chutou forte e bem colocado, rente a trave do goleiro Tiago Cardoso.

A superioridade do Flamengo preocupou muito o técnico Evaristo de Macedo. A marcação do Atlético não funcionava bem em nenhum dos setores e a velocidade do atacante Fábio Júnior sempre resultava em jogadas perigosas. Aos 17, depois de uma boa troca de passes, Gabriel fez o cruzamento e Fábio Júnior emendou um chute na trave.

Porém o Atlético não ficou apenas assistindo. Aos 22 minutos uma cobrança de falta bem feita levou a bola direto para a cabeça de Aloísio. O atacante subiu mais que a zaga e cabeceou no travessão do goleiro Diego. Apenas cinco minutos depois foi a vez de Marcão carimbar o poste do Flamengo.

Depois de uma bola rebatida, Marcão chutou forte de fora da área. O goleiro flamenguista não segurou, mas a trave estava mais uma vez no caminho do Furacão. O volante Fabiano fez falta violenta e foi punido com o segundo amarelo, por conseqüência, o cartão vermelho.

Pouco depois o Flamengo chegou novamente com perigo ao gol atleticano. Aos 31 minutos Renato cruzou e Rodrigo, que acabara de entrar no lugar de Josafá, acertou mais uma cabeçada na trave.

Daí, aos 35 minutos do 1.º tempo, a igualdade no placar foi desfeita. Na cobrança de uma falta pelo lado esquerda do ataque, Jancarlos chutou, a bola pingou na pequena área e graças a um corta-luz do ataque, enganou o goleiro flamenguista. Foi o quarto gol do lateral-direito do Atlético no Brasileirão.

Nos minutos finais do primeiro tempo o Furacão ampliou o marcador. O meia colombiano Ferreira fez grande jogada, fintou o zagueiro e chutou forte, sem chances, para as redes do goleiro do Flamengo.

Segundo tempo

Para a segunda etapa, nem Evaristo nem Andrade realizaram substituições.

O Flamengo parecia voltar com a mesma determinação que iniciou a partida. Porém, o Atlético voltou com mais objetividade que o time carioca. A marcação das duas equipes foi intensificada o que resultou em um crescimento no número de passes errados.

O jogo seguiu muito mais morno do que no 1.º tempo. Mesmo com um jogador a mais, o Atlético não conseguiu reverter isso ao seu favor. A situação se modificou quando aos 21 minutos Jancarlos recebe o 2.º amarelo e foi expulso. O Atlético retomou a vantagem numérica aos 25 minutos quando Fábio Júnior também foi expulso no Flamengo.

Em seguida, um detalhe curioso aconteceu quando o Atlético fez a primeira modificação do jogo. O técnico Evaristo de Macedo chamou o atacante Denis Marques para entrar no jogo. Diferente de outras oportunidades, a torcida, que sempre gostou do atacante, vaiou muito a opção do treinador atleticano.

A situação que se seguiu foi justamente a antítese da vista na substituição que trouxe Denis Marques ao jogo. Quando o atacante Dagoberto foi chamado pelo treinador, a torcida atleticana foi ao delírio e 17.400 pessoas gritaram seu nome freneticamente.

O jogo foi outro com a entrada do xodó rubronegro, já que o ataque ganhou velocidade, categoria e objetividade. Em jogadas entre Dagoberto e Denins Marques as chances foram surgindo com facilidade. A maior delas aconteceu aos 46 minutos. Um lindo chute de Dagoberto explodiu na trave do goleiro Diego e no rebote, Denis Marques não teve tranqüilidade e desperdiçou o chute para o gol vazio. Foi a última chance do jogo.

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