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É como se o Paraná tivesse criado um monstro. Nas duas vitórias sobre o rival, ainda na fase nacional da Sul-Americana, o Atlético iniciava a arrancada que culminou na goleada de quarta-feira sobre o Nacional e a classificação para as semifinais do continental, além de melhores resultados no Brasileiro. E o pior para o Tricolor é saber que amanhã estará na jaula da criatura que ele mesmo acordou, lugar onde nunca conseguiu levar a melhor.

O despertar da fera atleticana também tirou da hibernação seus milhares de adoradores, que pretendem encher a Arena outra vez para ver mais uma vítima aniquilada. "A garra e a determinação já estavam dentro dos jogadores, mas faltava desenvolver. Aos poucos fomos evoluindo. Agora temos um clássico decisivo e temos de jogar assim novamente, com a cara do Atlético. É isso o que o torcedor quer", disse o treinador Vadão.

Nada que assuste tanto o desafiante Paraná. Afinal, apesar da inesperada derrota para os reservas do Flamengo, ainda é o melhor do estado no campeonato, com uma folga de nove pontos para o Furacão e a possibilidade real de partir para batalhas maiores no caso de se classificar para a Libertadores. "Desta vez somos nós que temos a chance de embalar. Podemos até aproveitar a empolgação deles para vencer. Espero que tenhamos alguns contra-ataques para resolver a partida", disse o atacante Leonardo.

O clima está mais temperado do que nos insossos duelos dos dias 6 e 13 de setembro, principalmente em relação ao primeiro, vencido pelo Atlético por 3 a 1, que levou apenas 3.322 pagantes ao Pinheirão – uma semana depois, 8.295 torcedores pagaram para ver a vitória rubro-negra por 1 a 0.

Números que dimensionam o momento ruim pelo qual passavam as equipes. Depois de disputar os primeiros lugares do Brasileiro durante o primeiro turno, o Paraná vinha de quatro derrotas seguidas e ocupava o sétimo lugar. Mas nada comparado à penúria do Atlético, que havia acabado de tomar 5 a 0 do Botafogo em casa e estava às portas da zona de rebaixamento.

O técnico Caio Júnior faz questão de diferenciar as situações, deixando claro que o Paraná de agora teve apenas um tropeço. Também não fala em revanche. "Pensamos rodada a rodada e não queremos transformar o jogo em uma revanche. Temos de ganhar para melhorar a nossa situação", falou.

Para isso conta com um possível cansaço do monstro que viu nas8cer – que desde aquela época vem fazendo dois jogos por semana. Pelo menos é o que se diz do outro lado: "Eles ficaram apenas esperando, assistindo e descansando. Além disso, vêm muito bem e tenho certeza de que será um adversário complicado", afirmou Vadão, com o cuidado de ressaltar que o Tricolor não será uma presa fácil.

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