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Futebol sem contato vira nova modalidade esportiva em Curitiba
| Foto: Lineu Filho/Tribuna do Paraná

Uma nova modalidade de futebol sem contato que surgiu durante a pandemia de coronavírus promete movimentar o aluguel de quadras esportivas em Curitiba. Batizado de new fut, os jogadores atuam ocupando quadrados delimitados com uma pintura na grama sintética para manter o distanciamento social e, assim, evitar o contágio. A disposição das equipes em campo lembra um pebolim humano.

A novidade surgiu na academia Stark Sports, no bairro Jardim das Américas, e deve chegar a outras canchas da capital em breve. Segundo os idealizadores do new fut, a prática cumpre os decretos de isolamento social e práticas esportivas estadual e municipal. Todos os jogadores devem estar de máscara na partida.

Uma das empresárias da Stark Sports, Carla Bernardi, explica que as delimitações de espaço no campo não impedem que os atletas se movimentem e garante que eles não tenham contato durante a partida. Os equipamentos são os mesmos de um jogo de futebol normal, mas as camisas, coletes, chuteiras e até a bola higienizados antes da partida.

A bola, inclusive, ganha um banho a mais de álcool 70% no intervalo. “Também há tapetes higienizantes para passar a chuteira e várias dispensers de álcool gel espalhados em pontos estratégicos para os jogadores se higienizarem. Até o banco de reservas tem distanciamento”, explica Carla.

Nesta semana, representantes da Stark Sports e de outros centros esportivos se reuniram para definir regras conjuntas de padronização para o new fut. “O objetivo é que a segurança contra o coronavírus seja a mesma para todos os locais. Como a modalidade cumpre os decretos de saúde do governo, a ideia é que as academias possam retomar seu movimento de forma crescente”, acredita a representante da Stark.

Dentro de campo

Quem conta como é atuar no new fut é o ex-jogador de futebol profissional Castorzinho, 41 anos, criado na base do Coritiba que hoje atua no futebol de grama sintética, bicampeão e eleito melhor jogador do mundo do futebol de 7. O craque ajudou a colocar em prática as ideias da Stark Sports.

“Os times têm seis jogadores e o que manda é a habilidade e o domínio dos fundamentos do futebol. O passe, a matada de bola e a marcação da jogada. Dá para suar bastante, fazer muitos gols. É bacana para esse período que vivemos”, aponta Castorzinho.

O jogador pode se mexer no espaço de um quadrado pintado na grama. Há três atletas no meio campo e dois no ataque. Ficam todos distantes uns dos outros e quem está no ataque só pode tocar de primeira. No meio-campo, são permitidos dois toques.

Há limite de cinco segundos para cada jogador se desfazer da bola. As equipes têm que fazer um rodízio de atletas de posições nos quadrados a cada gol.

“Estamos promovendo a modalidade pensando no bem-estar dos amantes do futebol. Manter a saúde neste momento é fundamental. Não queremos promover aglomerações nem nada disso, mas fazer todo o possível para atender os clientes de maneira segura”, finaliza Carla.

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