O meia Alex, do Coritiba, prestou uma homenagem a Juninho Pernambucano, que anunciou semana passada sua despedida do futebol. Companheiro do ídolo vascaíno em convocações da seleção e na liderança do movimento Bom Senso FC, que luta por melhorias no futebol brasileiro, o camisa 10 alviverde agradeceu a amizade de Juninho pelo Instagram.
"Obrigado pela amizade Juninho!!! Muito obrigado pelo futebol jogado em todos os clubes e seleção. Terá sempre minha admiração e meu respeito. Muita sorte na vida pós-futebol", declarou Alex ao amigo pela mídia social, com uma foto da partida entre Coritiba e Vasco, pelo Brasileiro do ano passado, em que ambos aparecem abraçados.
Na entrevista coletiva desta segunda-feira, em que oficializou sua despedida, Juninho avisou que não vai se afastar do esporte. Apesar de querer um tempo de férias, o agora ex-atleta deverá comentar a Copa do Mundo por uma emissora de TV e pretende trabalhar como treinador.
"Ser treinador sempre passou pela minha cabeça. A tendência é que eu possa comentar futebol. Já me convidaram para trabalhar durante a Copa do Mundo. A tendência é continuar no futebol", disse ele, que afirmou ter sido sondado pela Rede Globo.
Sobre a decisão pela aposentadoria, explicou que não conseguia treinar no ritmo que se espera de um jogador profissional. Juninho estava sem jogar desde novembro, quando se machucou numa partida contra o Santos, no Maracanã. Ele chegou a cogitar parar mas foi convencido pelo presidente do Vasco, Roberto Dinamite, e pelo novo executivo de futebol, Rodrigo Caetano, a fazer a pré-temporada. Ali, viu que não teria condições de voltar.
"Quando os treinos ficaram mais fortes, quando se acelerou o ritmo, eu tinha mais dificuldade para treinar no outro dia. Repetir os exercícios estava difícil. Fiz um coletivo de 60 minutos e fiquei dois dias sem treinar. No começo da semana passada avisei à comissão técnica que havia tomado a decisão de parar de jogar", revelou Juninho.
O agora ex-jogador chorou na sua fala inicial, quando discursou para contar que estava se aposentando. "Para fazer pela metade, sem a minha condição real, não iria fazer. Foi por isso que decidi parar de jogar. Não é fácil, mas acredito que está sendo mais fácil do que eu imaginava. Chegou a hora. Se o Roberto parou, Romário, Zico, para mim também chegaria esse dia."
O choro veio quando Juninho lembrou dos títulos vencidos no fim da década de 1990 e no começo do século. "Praticamente todos os anos conquistei alguma coisa. Fica a lembrança daquela geração maravilhosa entre 97 e 2001. Todos esses jogadores com quem joguei aqui", disse, antes de parar para tentar segurar as lágrimas.
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