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Adriano desembarcou por uma porta lateral no aeroporto de Curitiba para despistar a imprensa | Daniel Augusto Jr./ Fotoarena
Adriano desembarcou por uma porta lateral no aeroporto de Curitiba para despistar a imprensa| Foto: Daniel Augusto Jr./ Fotoarena

Atleticanas

Everton

O Atlético segue negociando com o Tigres, do México, a contratação definitiva do meia Everton. Assim, o prazo de preferência para o Furacão contar com o jogador foi estendido. Everton está emprestado até o fim da temporada, mas já acertou as bases salariais para permanecer no clube em 2014. O desfecho da negociação deve sair após o término do Brasileiro. A última rodada será disputada neste fim de semana.

Camisa

A Umbro, fornecedora de material esportivo do Rubro-Negro, revelou que o time usará uma camisa azul neste domingo, contra o Vasco, em Joinville, no último jogo do Nacional. O uniforme é uma homenagem à seleção brasileira tetracampeão do mundo em 1994, nos Estados Unidos.

O atacante Adriano tentará voltar a jogar futebol profissionalmente no Atlético. Aos 31 anos, o Imperador chegou ontem ao CT do Caju, em Curitiba, onde cumprirá um cronograma de 90 dias com atividades para recuperar sua forma física – ele não entra em campo desde 4 de março do ano passado.

Não há vínculo com o clube, mas se tudo ocorrer de acordo com o planejado, o ex-camisa 9 da seleção brasileira pode reforçar o elenco rubro-negro na possível disputa da Libertadores em 2014, com um contrato por produtividade.

"É mais um desafio, com certeza", disse Adriano à Rádio Banda B, ainda dentro do salão de desembarque do Aeroporto Afonso Pena. De lá, ele e o empresário Luiz Cláudio Menezes saíram por uma porta lateral cercados de seguranças com destino ao centro de treinamento atleticano.

Adriano evitou a maior parte da imprensa assim como tem passado longe da vida regrada que um atleta de alto nível, teoricamente, deve seguir. Desde que parou de atuar, tem vivido a mesma rotina de festas, bebedeiras e dieta desregrada no Rio de Janeiro. Fotos recentes publicadas em redes sociais não lembram em nada o jogador que brilhou com a camisa da Inter de Milão e que disputou 48 jogos, com 27 gols, pela seleção.

Em agosto, Adriano chegou a rejeitar um regime de treinos no Botafogo. Nos bastidores, comentou que não estava pronto para encarar a intensa planilha de treinamentos que contava com somente um dia de folga semanal durante quatro a seis meses.

O programa é parecido com o que ele vai enfrentar no CT do Caju, já que o vínculo empregatício só seria feito a partir da evolução física do atacante. Assim, a cobrança por resultados será exclusivamente pessoal.

Clinicamente, o tendão de Aquiles do pé esquerdo do Imperador – operado duas vezes entre 2011 e 2012 – está curado, conforme o médico José Luiz Runco afirmou ao jornal Zero Hora em junho. Mesmo assim, o Internacional vetou o acerto devido ao longo tempo para o recondicionamento físico. O Santos foi outro a barrar sua contratação.

No ano passado, após deixar o Corinthians em março, Adriano chegou a formalizar sua volta ao Flamengo. Além da falta de comprometimento nos treinos, com repetidas faltas a sessões de fisioterapia, vários problemas extracampo levaram o clube a rescindir o contrato com seu prata da casa.

Sumiços, depressão, excesso de álcool, visitas frequentes a favelas e até um caso de polícia no qual uma mulher levou um tiro na mão dentro do carro do jogador estamparam os noticiários com o nome do centroavante que agora tenta a complicada volta por cima no CT do Caju.

O fato de se afastar das más influências cariocas é um bônus na empreitada que depende do esforço próprio do jogador. No Atlético, ele terá acompanhamento integral, mesmo morando fora do centro de treinamentos.

A memória muscular de quem provou ser um atleta muito acima da média é a esperança para que Adriano consiga retornar a um nível físico competitivo. Nesse caso, porém, a força mental para superar os desafios será o fiel da balança entre outro fracasso ou a redenção.

Adriano tenta repetir sucesso de Washington

A tentativa de recuperação de Adriano não é um caso isolado na história recente do Atlético. Em 2003, o atacante Washington treinou no clube por seis meses sem receber salário após passar por um princípio de infarto quando defendia o Fenerbahçe, da Turquia, no ano anterior.

Com cirurgias de angioplastia e cateterismo, além do aval médico para entrar em campo, o Coração Valente voltou em 2004 e foi o artilheiro do Brasileiro com 34 gols – marca até hoje não superada. Quem também está se recuperando no CT do Caju é o goleiro reserva Rodolfo, que admitiu no ano passado ser viciado em cocaína. Apesar das claras diferenças entre os casos, o Furacão tenta colher os mesmos frutos com outro atleta desacreditado.

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