• Carregando...
Éderson e Felipe comemoram suada e inédita classificação do Atlético às semifinais da Copa do Brasil | Hugo Harada / Gazeta do Povo
Éderson e Felipe comemoram suada e inédita classificação do Atlético às semifinais da Copa do Brasil| Foto: Hugo Harada / Gazeta do Povo

Sem brilho, mas muito aplicado taticamente, o Atlético fez história ontem, na Vila Capanema. O empate por 0 a 0 com o Internacional colocou a equipe pela primeira vez nas semifinais da Copa do Brasil. Nas 16 participações anteriores do clube no torneio, o estágio-limite havia sido às quartas de final. O gol de Paulo Baier no empate na ida, em Novo Hamburgo, foi decisivo para a classificação.

Cansado pela maratona de jogos em sequência – média de um a cada 3,5 dias – e sem três titulares (João Paulo, Bruno Silva e Marcelo), o Rubro-Negro não repetiu o nível de jogo que o colocou no G4 do Brasileiro. Mesmo assim, foi competitivo o suficiente para segurar o resultado.

"O jogo pedia isso, essa entrega, essa pegada", descreveu o meia Zezinho. "Não tivemos muitas chances, mas pela luta merecermos. Esse foi o fator principal para passarmos", concordou o zagueiro Luiz Alberto.

Com a vantagem nas mãos, o Atlético foi cauteloso. A principal estratégia do time foi utilizar lançamentos longos e cruzamentos na área. Com o volante Juninho improvisado na lateral esquerda, no lugar de Maranhão, a ala direita, com Léo, era o desafogo atleticano.

Apesar de correr contra o relógio, o Colorado aplicou a estratégia da paciência tão pedida pelo técnico Clemer. Com a bola por 55% do tempo, os gaúchos trocaram mais passes (256 a 129). Contudo, faltou eficiência nas finalizações.

O setor defensivo atleticano, especialmente com Deivid, Manoel e Luiz Alberto, teve mérito ao diminuir os espaços e anular D’Alessandro e Leandro Damião. O atacante, inclusive, foi substituído no início do segundo tempo – o meia Otávio deixou o duelo já no intervalo para a entrada do uruguaio Diego Forlán.

Surpresa na escalação do Furacão, Dellatorrre foi trocado Douglas Coutinho na metade da etapa complementar, quase ao mesmo tempo em que o Inter se lançou à frente com a entrada do argentino Scocco no lugar do lateral Kléber.

Nos minutos finais, a blitz gaúcha aumentou, mas não surtiu efeito. Rafael Moura, na pequena área, desperdiçou a melhor oportunidade da partida e deixou o Furacão a quatro jogos para o Furacão tentar comemorar o título inédito. Na próxima quarta-feira, o adversário será o Grêmio, em Curitiba. Domingo, pelo Nacional, o confronto é diante do Bahia, em Salvador.

"Vamos tentando um passo de cada vez. Quem sabe não comemoramos juntos?", fechou Paulo Baier, que persegue sua primeira conquista no clube, e chegou a ser ironizado pelo presidente Mario Celso Petraglia por sua falta de glórias com a camisa rubro-negra.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]