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Fernando Torino (com a filha Helena no colo) e Alexandre Selski, abraçado com os filhos, fazem a festa com atleticanos na Colômbia. | Hugo Harada, enviado especial/Gazeta do Povo
Fernando Torino (com a filha Helena no colo) e Alexandre Selski, abraçado com os filhos, fazem a festa com atleticanos na Colômbia.| Foto: Hugo Harada, enviado especial/Gazeta do Povo

A poucos metros do estádio El Campín, reside um espião do Atlético em Bogotá. Torcedor do Furacão e casado com a colombiana Carolina Torino, o engenheiro Fernando Torino, 39 anos, vive desde julho de 2015 na capital da Colômbia. (veja vídeo)

Mais especificamente, na vizinhança do palco do duelo entre Furacão e Millonarios, na noite desta quarta-feira (8), pela partida de volta da segunda fase da Libertadores. “Eu estava torcendo desesperadamente para o sorteio colocar o Atlético contra o Millonarios”, conta o infiltrado rubro-negro. “Aqui, ganhando ou perdendo, vai ser bom demais. Eu moro pertinho do estádio e agora vou poder ver o Atlético jogar nele”, comemora.

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A brincadeira com a espionagem ao Millos carrega ainda um fundo de verdade. Um dos primos da esposa do atleticano trabalha no clube azul e branco. “Ele nos levou não apenas para conhecer o estádio, como também os jogadores”, conta o engenheiro.

Ele não está sozinho na missão de ser o “inimigo íntimo” do Millonarios nessa Libertadores. Amigo de Torino, o administrador Fernando Selski, 44 anos, se mudou há quatro anos e meio com a família para Bogotá. Assim como o amigo, é atleticano de carteirinha. “As brincadeiras já começaram com os amigos colombianos”, diz o administrador. “Eu sempre conto aqui que torço para o melhor time do mundo. E agora, esse time está enfrentando o Millonarios”, brinca.

Tremor colombiano na Baixada

Da visita que fez aos jogadores do Millos, após a vitória por 1 a 0 do Atlético na Baixada, na última quarta-feira (1.º), Torino guarda na memória os relatos dos jogadores colombianos. “Eles disseram que ficaram surdos com o barulho da Baixada e que as pernas tremiam”, revela. “Quando chegaram ao estádio, sentiram a pressão. Especialmente na hora em que a Fanáticos cantava”, assegura.

Além do ambiente da Arena, ele conta que a estrutura do Furacão havia chamado muito a atenção de atletas e dirigentes do Millos. Por isso, a derrota por 1 a 0 na partida de ida foi comemorada pelos colombianos. “Eles contaram que a impressão após conhecerem o CT do Caju, a Baixada e virem as contratações do Atlético, foi a de que seriam goleados”, garante.

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O casal formado pela colombiana Carolina Torino e pelo brasileiro Fernando Torino já deu origem a uma nova geração de torcedores do Atlético nascidos na Colômbia.

A primeira delas é a filha Helena, de 1 ano e 4 meses. Já na próxima sexta-feira (10), dois dias após o jogo entre o Furacão e o Millonarios, nascerá a filha Bianca. “E já nascerá comemorando a passagem de fase do Atlético. Uma atleticana 100% colombiana”, assegura Fernando, que tem ainda mais um filho atleticano no Brasil, Vitor, de 11 anos.

Altitude

Acostumados a viver em Bogotá, o engenheiro Fernando Torino e o administrador Alexandre Selski asseguram: a altitude da cidade será um dos grandes desafios do Atlético na partida contra o Millonarios. A capital colombiana está a 2.640 metros acima do nível do mar.

“A questão da altitude pega sim. Quando me mudei para cá, subia lances de escada e ficava sem ar. Até mesmo dormindo, às vezes acordava como que sem respiração, tentando puxar o oxigênio”, relata Torino. “Se o Atlético tiver que correr atrás do placar no segundo tempo vai sofrer bastante”, prossegue.

“Eles estão confiantes porque jogar na altitude será realmente difícil para o Atlético”, corrobora Selski, que reside em Bogotá ao lado da esposa Marcela e dos filhos Felipe e Fernando. “Mas temos a convicção de que o Furacão passará de fase”, complementa.

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