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Artilheiro do último Campeonato Brasileiro, Éderson, já marcou nesta Libertadores | Albari Rosa / Gazeta do Povo
Artilheiro do último Campeonato Brasileiro, Éderson, já marcou nesta Libertadores| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo

Dinheiro

Classificação para a fase de grupos rende R$ 2,2 milhões

Ambição esportiva à parte, o duelo com o Sporting Cristal hoje à noite, na Vila Capanema, vale US$ 900 mil ao Atlético – cerca de R$ 2,2 milhões. Essa é a quantia que o clube receberá da organizadora Conmebol pela classificação à fase de grupos da Libertadores. Um eventual fracasso, por outro lado, representaria a entrada de somente US$ 250 mil – aproximadamente R$ 625 mil – nos cofres do clube. Além do bônus, o Furacão também engordaria o caixa com as rendas e exposição de três partidas como mandante na segunda fase do torneio, quando enfrentaria The Strongest, da Bolívia, Vélez Sarsfield, da Argentina, e Universitario, do Peru, em Curitiba. Caso siga em frente e avance às oitavas de final, o Rubro-Negro entraria em outro patamar de premiação, acrescentando R$ 1,3 milhão à carteira, R$ 200 mil a menos do que o time pode arrecadar se seguir vivo até as quartas de final. Chegar à semifinal representaria mais R$ 1,6 milhão no bolso do clube, enquanto a conquista do título inédito valeria R$ 5,5 milhões. Ao todo, o campeão da competição levará cerca de R$ 12,9 milhões. Para efeito de comparação, no ano passado, o Rubro-Negro faturou R$ 5,4 milhões pelo vice-campeonato da Copa do Brasil – se tivesse ficado com o título, a premiação total seria de R$ 6,6 milhões.

O artilheiro e a revelação do último Brasileiro são as maiores esperanças do Atlético hoje, às 22 horas, no jogo que vale a permanência do clube na Libertadores. Sem contar mais com a experiência de Paulo Baier e a criatividade de Everton, cabe aos atacantes Éderson e Marcelo a responsabilidade de decidir o confronto com o Sporting Cristal. Após a derrota por 2 a 1 no jogo de ida, semana passada, em Lima, o Furacão depende de uma vitória por 1 a 0 na Vila Capanema para se classificar. A repetição do placar leva aos pênaltis.

Marcelo, 21 anos, e Éder­­son, 24, não são os mais cale­­jados do plantel. Mesmo assim, os destaques do time em 2013 sabem que o papel de protagonista diante da equipe peruana é deles. "O torcedor é apaixonado. Eles viram o Marcelo ser a revelação e o Éderson o artilheiro no ano passado. Como não contrataram nenhum nome de peso, é normal que isso aconteça. Eles têm de bater no peito e assumir, junto com o grupo, essa cobrança", diz o vigia Valdemir Rosa da Silva, pai do cearense Éderson.

"O Marcelo está na expectativa. Está muito convencido de que o Atlético vai passar de fase. Ele diz que vai fazer o máximo para vencer. Prometeu um gol. E sempre cumpre", acrescenta o militar da reserva Cezarino Cirino, pai do maringaense.

Para a dupla de ataque balançar a rede o restante do time comandado por Miguel Án­­gel Portugal tem papel fundamental. Sem Baier, Everton, Léo e Dellatorre, todos fora do CT do Caju, os meias e os laterais atleticanos precisam criar as jogadas para municiar os atacantes. O quarteto foi responsável por 12 assistências para os 35 gols que Éderson e Marcelo fizeram juntos no ano passado – 35% do total.

Hoje, João Paulo, Zezinho e Fran Mérida devem concentrar a armação de jogadas, enquanto Sueliton vai funcionar como válvula de escape pela ala direita. O excesso de passes errados e a escassez de jogadas trabalhadas vistos no Peru não podem se repetir. "Conversamos bastante depois do primeiro jogo e vamos firmes para a partida de volta. Esse jogo é de vida ou morte para a gente", garante o volante João Paulo.

Mas mesmo que falte criação, as estatísticas do ano passado mostram que o entrosamento da dupla ofensiva também pode resolver. Marcelo deixou Éderson na cara do gol quatro vezes no Brasileiro e Copa do Brasil. O inverso ocorreu outras três vezes.

"O Éderson marcou no primeiro jogo e está ‘leve’. Nunca tinha jogado Libertadores e converteu o pênalti sob muita pressão. Agora que saíram os caras que ajudavam mais, ele está preparado para tudo", cita o pai Valdemir. "Quando o Marcelo arranca com a bola o orgulho é muito grande", vaticina o patriarca dos Cirinos.

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