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Cléo na Baixada

O atacante Cléo, 28 anos, foi confirmado como reforço do Atlético. O jogador, que ficou conhecido internacionalmente ao trocar o Estrela Vermelha pelo Partizan, grandes rivais da Sérvia, em 2009, jogou no Furacão entre 2005 e 2006. Seu último clube foi o Kashiwa Reysol, do Japão. Ele está liberado pela CBF para estrear neste sábado, às 18h30, contra o Inter, em Porto Alegre.

Os recorrentes pedidos do presidente Mario Celso Petraglia para o torcedor se associar ao Atlético têm fundamento financeiro. A necessidade fica evidente na análise do último balanço patrimonial do clube, divulgado ontem, oito dias após o prazo estipulado pela Lei Pelé.

Após registrar superávit de R$ 122,8 milhões em 2012 – número mascarado pelos títulos de potencial construtivo cedidos pela prefeitura –, o Furacão voltou a apontar déficit em seu boletim financeiro. No ano passado, o clube gastou R$ 6,4 milhões a mais do que arrecadou.

Somente com a folha do futebol, foram consumidos R$ 43,3 milhões. Ao todo, os gastos com a equipe chegam a R$ 80,3 milhões, enquanto as receitas atingiram apenas R$ 73,4 milhões, mesmo com a premiação pelo terceiro lugar no Brasileiro e vice-campeonato da Copa do Brasil (R$ 8,8 milhões) turbinando o demonstrativo. Em 2012, quando estava na Série B, o déficit foi de cerca de R$ 5 milhões.

O cenário ressalta a importância do retorno à Arena da Baixada para o futuro do clube. Muito perto da volta definitiva para casa após dois anos e meio, o Atlético dependerá do sucesso de seu novo plano de sócios para equilibrar as contas e montar times competitivos. A receita proveniente dos associados no ano passado foi de R$ 10,3 milhões, mas na nova Arena o número pode chegar a aproximadamente R$ 70 milhões por ano caso tenha lotação máxima. Sem a participação da torcida, que hoje soma 22 mil sócios, os investimentos no futebol serão limitados.

Além do futebol, o Atlético também espera fazer caixa com vendas, shows e outros eventos no estádio, nicho que rendeu apenas R$ 2,9 milhões em 2013.

De acordo com o balanço, o Atlético deve R$ 188,9 milhões em empréstimos de longo prazo referentes à Arena. Como garantia, o clube apresentou o contrato de recebíveis com a Rede Globo, com quem fechou até 2018 para a transmissão do Brasileiro. Até lá, o Furacão tem R$ 157 milhões a receber.

Em transferências de atletas, onde historicamente o Atlético faz bons negócios, o clube só arrecadou R$ 3,6 milhões em 2013. A maior parte (R$ 2,3 milhões) com a devolução do atacante Morro García ao Nacional, do Uruguai.

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