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O estreante Luiz Alberto, do Atlético, cerca o meio-campista Rodriguinho | Carlos Roberto/ Jornal Hoje Em Dia
O estreante Luiz Alberto, do Atlético, cerca o meio-campista Rodriguinho| Foto: Carlos Roberto/ Jornal Hoje Em Dia

O jogo

Só deu América-MG no primeiro tempo. Totalmente perdido, o Atlético sofreu dois gols e poderia ter sido pior. Depois do intervalo, a situação se inverteu e o Furacão chegou ao empate – e poderia até virar o placar, graças a entrada do atacante Marcelo. Só que o Coelho ainda teve tempo de ampliar no final, quando o Furacão era melhor.

O Atlético é a prova de que ter dinheiro no futebol não significa, necessariamente, vitórias. Apesar de ter o maior orçamento da Segunda Divisão, o Rubro-Negro não conseguiu levar essa superioridade financeira à risca até agora e fechou a oitava rodada na zona de rebaixamento para a Série C, na 17.ª colocação, com apenas oito pontos somados – o Furacão tem um jogo a menos que os demais.

Consequência da derrota para o América-MG por 3 a 2, ontem, no Estádio Independência, em Belo Horizonte.

O Furacão tem agora dois jogos em casa para se recuperar na competição. Na terça-feira, às 21h, pega o Ipatinga– sem Cleberson suspenso –, e o ABC-RN no sábado, ambos em Paranaguá.

O revés na capital mineira foi daqueles de lamentar não apenas pelo resultado, mas pela forma como ocorreu dentro e fora de campo. Após a partida, o técnico Jorginho e os jogadores chegaram a discutir no vestiário. Os gritos foram ouvidos por radialistas que aguardavam os atletas para a entrevista. "Não tem nenhum menino aqui", cobrou o treinador, logo na sequência.

A irritação tem tudo a ver com o roteiro do confronto. Na primeira etapa, o Atlético só assistiu ao Coelho atacar e fazer dois gols, com Fábio Júnior e Alessandro. Reflexo da alteração no esquema levado a campo por Jorginho – de dois para três zagueiros com a estreia de Luiz Alberto. De quebra, nem criou chances de gol e nem conseguiu marcar.

Atuação abaixo da média que fez Jorginho perder as estribeiras novamente no linguajar. Depois de chamar o time de "fedido" no jogo anterior, falou na volta do intervalo que o time estava uma "merda" (após o jogo se desculpou pelo uso da expressão). Sinal de que a conversa no vestiário foi quente também antes da etapa final. Mas deu resultado.

Na segunda etapa, outro Rubro-Negro voltou para o gramado. Com a entrada de Marcelo, o time ganhou velocidade, pressionou e chegou ao empate, com gols de Gabriel Marques e Paulo Baier. Entretanto, apesar da superioridade, sofreu um tento de Adeílson já no desfecho do confronto.

"É difícil explicar. Não tem ninguém aqui querendo ferrar o clube. Mas futebol é resultado. Fizemos um primeiro tempo vergonhoso", lamentou o goleiro Weverton. "Temos que ver o que fazer para melhorar porque ficou complicado. Vai ser difícil, mas temos de lutar", seguiu.

O comandante atleticano se culpou a inexperiência pelo tropeço em Belo Horizonte. "Está todo mundo tenso. Os jogadores estão nervosos e ansiosos. Alguns ainda não são maduros suficientes para uma competição como essa", fechou.

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