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Ricardo Drubscky e Bruno Mineiro, artilheiro do clube com 15 gols | Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
Ricardo Drubscky e Bruno Mineiro, artilheiro do clube com 15 gols| Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo

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Excesso de atacantes não garante camisa 9 para o Rubro-Negro

O Atlético usou 38 jogadores em 2012, mas ainda não conseguiu encontrar uma peça fundamental: o camisa 9. Sob o comando de Juan Ramón Carrasco, e agora de Ricardo Drubscky, o Furacão já testou 14 atacantes, número que representa 37% dos atletas escalados. O excesso de peças ofensivas – sem rendimento satisfatório – foi, inclusive, destacado pelo novo treinador logo que assumiu a prancheta no CT do Caju. Nenhum dos candidatos a goleador convenceu.

Dos 45 gols marcados pelos homens de ataque do Rubro-Negro, quem mais contribuiu foi Bruno Mineiro, com 15 bolas nas redes rivais. Apesar do número favorável, ele acabou perdendo espaço. Atualmente, quem vem sendo observado com a camisa 9 é Fernandão, autor de dois gols em cinco jogos.

A artilharia atleticana tem ainda Guerrón (12 gols), que está sendo negociado com o futebol chinês, Bruno Furlán (6), Edigar Junio (5), Ricardinho (3) e Marcelo e Patrick (ambos com 1). Seis atletas não saíram do zero: Morro García, Nieto, Pablo, Léo Mineiro, Taiberson e Tiago Adan.

Drubscky está ciente do trabalho que terá para arrumar o ataque da equipe – responsável até aqui por 59% dos gols da equipe no ano. O jeito é filtrar o material humano à disposição. "A minha ideia é ter uma base de início e poder olhar para os bons atacantes que temos para dar chances e racionalizar o uso desses atletas", explicou o técnico, que espera paciência dos candidatos a goleador. "Tenho tido o cuidado de conversar com eles para que não fiquem na ansiedade de jogarem todos [os jogos]", disse.

O Atlético encara amanhã o Ceará, às 16h20, no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, não apenas para tentar se reabilitar na Série do Brasileirão, mas também para acabar com uma incômoda tendência de não se dar bem quando joga em solo nordestino. Nos últimos seis anos, a região tem sido o calo na chuteira do Furacão.

O retrospecto nos estádios nordestinos, com nomes que carregam no aumentativo, como Nazarenão, Frasqueirão, Fumeirão e companhia, não anima o torcedor atleticano. Pelo contrário. Em relação às outras regiões, é lá que o time tem o pior aproveitamento desde 2007, com apenas 13% dos pontos conquistados. Não que o Atlético costume se dar bem fora de casa, mas o prejuízo tende a ser maior quando vaga pelo Nordeste.

Para piorar, com o rebaixamento para a Segunda Divisão, mais times além-Sudeste estão na briga: seis ao todo. Ou seja, o Furacão terá de buscar em terras hostis 15% dos pontos em disputa. Conta que já diminuiu para 12% depois do primeiro embate no Nordeste: o Rubro-Negro empacou no CRB ao perder por 2 a 0, em Maceió-AL. Pela frente, além do adversário de amanhã, tem América-RN, ABC-RN, ASA-AL e Vitória.

Até por essa escrita e pela necessidade de uma vitória no Presidente Vargas, o técnico Ricardo Drubscky vai acabar com a "operação Baier" e começar a levá-lo a jogos fora de casa, começando pelo Ceará. "O Paulo Baier é um jogador experiente e muito comprometido com o trabalho. Ele não se omite. Temos carências de [jogadores] meias, então mesmo se eu quisesse poupá-lo, eu não poderia. Ele quer jogar e para mim foi até bom", comentou o treinador.

Muito da dificuldade que o Atlético tem encontrado e deve encontrar em terras nordestinas neste ano está no fato de os times da região estarem acostumados com o estilo de jogo da Segunda Divisão, já que costumeiramente as equipes de Bahia, Ceará, Alagoas, Rio Grande do Norte e Pernambuco perambulam pelo segundo escalão do futebol do brasileiro.

"A Série B é diferente, é quase uma guerra. Temos de aprender a jogar a Série B. Mas não adianta ficar só aprendendo e no ano que vem jogarmos de novo a Segunda Divisão", cobrou o agora meia-atacante Pablo, reforçando a ideia de que o Rubro-Negro precisa se adaptar ao jeitinho da Segundona para voltar rapidamente à elite.

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