Os graves incidentes ocorridos domingo na Arena Joinville podem custar a perda de 20 mandos de campo - desta vez com portões fechados - para cada um dos clubes envolvidos, Atlético e Vasco, por causa dos atos de violência protagonizados por seus torcedores. Este é apenas um dos itens que constam na denúncia oferecida nesta segunda-feira (9) pelo procurador geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo Schmitt.

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O árbitro Ricardo Marques Ribeiro também vai ser julgado e pode ser suspenso por até 90 dias. Isso porque, na avaliação do procurador, ele não poderia ter iniciado o jogo sem condições de segurança para atletas e público. Além disso, descumpriu o prazo de no máximo 60 minutos para reinício da partida, que ficou paralisada por 73 minutos, como ele mesmo citou na súmula.

De acordo com os artigos nos quais os clubes foram enquadrados, eles podem arcar ainda com multas que somadas chegam a R$ 200 mil (para o Vasco) e R$ 400 mil (para o Atlético, mandante do jogo).

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O julgamento em primeira instância deve acontecer na semana que vem e atingirá também as federações de Futebol de Santa Catarina e do Paraná. As duas entidades também podem ser multadas, em até R$ 100 mil, cada uma, por não terem cumprido com obrigações que ajudassem a garantir a segurança.

Se a denúncia de Schmitt for acatada na íntegra, sobrará punição até para a Arena Joinville: seria interditada, impedindo que o Joinville, na Série B do Brasileiro, disputasse partidas no local.

Na espera

O comandante do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (GEPE) do Rio, tenente-coronel da PM João Fiorentini disse nesta segunda que não havia recebido até o fim da tarde nenhuma solicitação formal da polícia de Santa Catarina para ajudar na identificação dos torcedores do Vasco envolvidos no distúrbio.

"Pelas imagens que vi, pude reconhecer vários daqueles torcedores no meio da confusão. Mas não posso agir no caso se não houver um pedido, uma vez que a investigação cabe ao estado onde ocorreu o tumulto", declarou.

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