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O técnico do Flamengo, Jayme de Almeida, durante o primeiro jogo da final da Copa do Brasil, na Vila Capanema | Daniel Castellano / Gazeta do Povo
O técnico do Flamengo, Jayme de Almeida, durante o primeiro jogo da final da Copa do Brasil, na Vila Capanema| Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo

O Atlético tirou Jayme de Almeida do sério. A manobra jurídica do Furacão para contar com o lateral-direito Léo na final da Copa do Brasil, quarta-feira, no Maracanã, quebrou uma das marcas do técnico do Flamengo: a tranquilidade.

"Isso é um absurdo. Só no Brasil acontece de suspender o cara e depois des-suspender [sic]. É uma falta de respeito com todo mundo que trabalha no futebol", esbravejou, interrompendo pergunta da Gazeta do Povo sobre quanto a ausência de Everton, a possível volta de Léo e o fato de Ederson ter saído machucado do jogo com o Náutico, pelo Brasileiro, teriam de influência na estratégia do Flamengo. A entrevista aconteceu após o Fla derrotar o Corinthians por 1 a 0, ontem, no Maracanã, e se livrar matematicamente do rebaixamento no Brasileiro.

Léo não jogou a primeira partida final por ter tomado o terceiro cartão na semifinal contra o Grêmio. Após o apito final, ele discutiu com o atacante gremista Kléber e os dois foram expulsos. O vermelho direto provocou a suspensão para o jogo do Rio, e abriu a brecha que o advogado Domingos Moro tenta explorar. Como o Grêmio está fora do torneio, Kléber não cumprirá suspensão automática. Se no julgamento, amanhã, for absolvido, acabará não cumprindo pena nenhuma. Léo, pelo mesmo delito, receberia uma pena, a ausência da final.

"A ideia que eu levei ao STJD foi que se o Kléber for absolvido, não terá pena nenhuma. E se o Léo for absolvido, ainda assim terá de cumprir a automática. Não é justo. Não é igual. Fica uma situação esquisita se ele for absolvido e não puder jogar", explicou Moro à Gazeta do Povo.

Após a partida em Porto Alegre, o próprio Moro havia descartado qualquer ação no tribunal para liberar Léo. No camarote da diretoria do Atlético na Vila Capanema, foi instigado pelo presidente do clube, Mário Celso Petraglia, a procurar alguma brecha. Encontrou em uma Resolução de Diretoria da CBF, publicada em 2004, que permite a um atleta não cumprir suspensão automática de uma competição que terminou.

O único caso similar é da final do Brasileiro de 1997. O atacante Edmundo, do Vasco, foi expulso no primeiro jogo, contra o Palmeiras, mas o clube carioca obteve um efeito suspensivo que livrou o atleta de cumprir a automática.

"O [presidente do STJD] Flávio Zveiter me chamou na sexta-feira e perguntou: ‘O que você quer com isso?’ Falei: ‘Quero que você pense’. E ele perguntou: ‘É problema’. Então eu respondi que só trago problema", brincou Moro. "Vamos tentar. Se não der, tudo bem. Mas se der certo…".

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