Claudinei Oliveira molda Atlético "duro de matar"

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O Atlético tentará interromper um jejum de cinco rodadas sem vitória contra um time que ganhou as três últimas partidas do Campeonato Brasileiro de 2014. Retrospecto que faz o jogo contra o Grêmio, nesta quarta-feira (10), em Porto Alegre, difícil para o Rubro-Negro, mas que precisa ser complicado na mesma intensidade para o Tricolor gaúcho. Fazer do Furacão um adversário duro para qualquer oponente, seja onde for, é uma das ambições do técnico Claudinei Oliveira.

"O jogo do Grêmio é difícil? É difícil. Mas tem de ser difícil para o Grêmio também. Sempre tem de ser difícil ganhar do Atlético, contra quem quer que seja", afirmou o treinador rubro-negro, em entrevista coletiva.

Claudinei atingirá esse nível com muito mais conversa do que treinamento. Ele vai ao banco de reservas para um jogo pela segunda vez em seis dias de trabalho. Semana cheia somente em outubro, quando ele já tiver sete partidas à frente do Furacão.

Até lá, o treinador fará pequenos reparos. Um é no posicionamento da defesa, segunda mais vazada da competição. "Temos de acertar essa linha de quatro defensiva para não dar tanto espaço para bola metida por dentro", diz. Outro é nos passes errados. "As principais jogadas do Palmeiras foram em erros nossos que proporcionaram contra-ataques. Com a bola no pé a gente tem de errar o mínimo possível. Se não errar, pode atacar com oito", aponta.

Blitz ofensiva que precisa do funcionamento perfeito das melhores peças. Melhor jogador do time no ano passado, Marcelo balançou a rede apenas três vezes e caiu de rendimento especialmente depois de sua transferência para o Corinthians ter dado errado.

"Precisamos conversar com o Marcelo, ver como se sente mais à vontade para voltar a ser o Marcelo do ano passado. Joguei contra ano passado e a preocupação toda era com o Marcelo, ele inclusive fez gol contra o Santos na Vila Capanema. Tem jogador que é importante para o time e ele tem de render o máximo pra gente", afirmou Claudinei.

Outros aspectos do fortalecimento do Atlético não dependem exclusivamente do treinador e do elenco atual. Claudinei voltou a falar da importância de dar mais experiência ao elenco. Ainda esta semana ele deve receber o zagueiro Gustavo, com quem trabalhou no Paraná, e espera um meia capaz de dosar o ímpeto do jovem time rubro-negro."Ali falta essa experiência, um jogador centralizado que dose o ritmo de jogo. Pela juventude, eles pegam a bola e arrancam. O treinador também está ali para isso", disse Claudinei, orgulhoso dos seus garotos. "É um elenco muito jovem, mas muito bom, bem formado. Eles chegam da base com uma cultura tática muito boa, bem orientados. O que eu propus, com e sem bola, souberam fazer. É um time que vai embora, mesmo sendo jovem."