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Em busca de um título

Há pouco mais de quatro anos no Atlético, Paulo Baier segue sem gritar campeão. Tem a chance agora, na Copa do Brasil.

2009 – Baier chegou ao clube em junho, com o Brasileiro já em curso. Marcou oito gols e ajudou o clube a escapar do rebaixamento na penúltima rodada.

2010 – Viu o Coritiba conquistar o Paranaense, marcando apenas um gol no torneio. Na Copa do Brasil, foi eliminado nas oitavas de final. O melhor momento foi no Brasileiro. Fez dez gols e quase colocou o Furacão na Libertadores, ficando na quinta posição.

2011 – O pior ano. O vice-campeonato estadual e a eliminação nas quartas de final da Copa do Brasil não indicavam o pior: o rebaixamento à Série B. Após a queda, Baier pediu para ficar e disputar a Segundona.

2012 – Após mais um segundo lugar no Estadual e nova desclassificação nas quartas da Copa do Brasil, Baier perdeu espaço no time titular no começo da Série B. Na reta final do campeonato, porém, fez gols decisivos para o acesso. Terminou com oito gols e nas graças da torcida.

2013 – Não jogou o Para­­naense e teve tempo extra para se preparar para a longa temporada. Começou na reserva, mas ganhou a posição com Mancini. Com oito gols no Nacional, chegou ao centésimo na Era dos Pontos Corridos. Está a dois jogos de conquistar a Copa do Brasil, que seria seu primeiro troféu pelo Atlético.

Desde que chegou ao Atlético, em junho de 2009, a oportunidade de ser campeão nunca esteve tão próxima de Paulo Baier. O veterano, que viu a torcida exercer papel fundamental na sua renovação de contrato por mais um ano, está a dois jogos de conquistar seu primeiro título com a camisa rubro-negra. E também de calar o presidente do clube, Mario Celso Petraglia, que debochou do fato de o meia não ter dado nenhuma volta olímpica pelo Furacão.

Individualmente reconhecido, ele agora quer a taça da Copa do Brasil para se consagrar "coletivamente" pelo Furacão. A decisão começa a ser jogada na próxima quarta-feira, contra o Flamengo, em Curitiba.

Com a marca pessoal atingida – ele se tornou o primeiro a marcar 100 gols em Brasileiros de pontos corridos – o Maestro tem mais tranquilidade para buscar a taça que o levaria a outro nível no rol dos ídolos do clube. Amanhã, ele será poupado do duelo com o Botafogo pelo Nacional.

"É o sonho dele. E o nosso também", revela o agricultor Éder Baier, 33 anos, irmão mais novo do atleticano. "Ser campeão da Copa do Brasil seria uma coisa linda. Imagina ter a possibilidade de jogar uma Libertadores aos 39 anos e na melhor fase da carreira? Ele está superemocionado e motivado", acrescenta Éder, que vive no interior de Ijuí-RS, cidade natal da família Baier.

Jogador de bocha nas horas vagas – o melhor que há na região, segundo o irmão –, o velhinho repete no Rubro-Negro uma sina de toda a carreira. O título pernambucano de 2009, pelo Sport, é sua conquista mais recente. Raras são as outras.

Antes disso, ele só comemorou outras quatro vezes em 18 anos de estrada. Há 11, venceu a Série B pelo Criciúma e, na temporada anterior, o Mineiro pelo América. No Coelho, Baier ainda venceu a Sul-Minas de 2000, enquanto pelo Tigre, levantou a taça do Catarinense de 1998.

Troféus escassos para um nome que virou sinônimo de gols. Não por culpa dele, defende o empresário Neco Cirne, que compara a situação com a do técnico paranaense Cuca, taxado de perdedor até vencer a Libertadores neste ano pelo Atlético-MG.

"Acontece a mesma coisa com o Paulo. A culpa não é só dele, futebol não é jogado sozinho, mas o importante é que ele sempre esteve nos clubes de chegada", opina Cirne.

Mesmo sem título, o talento do meia ganhou destaque em clubes como Goiás (2004 e 2005) e Palmeiras (2007 e 2008). Apenas no Esmeraldino conseguiu a classificação ao torneio continental, situação que pode voltar a acontecer no Atlético pelo Bra­­si­­leiro ou pela Copa do Brasil.

E não há a mínima dúvida sobre qual é a forma preferida. Diante do Flamengo, no Maracanã, para entrar para a história. "Título é título. Marca o jogador para sempre", crava Éder, que garante que a habilidade do irmão vem do pai Elemar, o Nani, uma lenda do futebol ijuiense.

A cidade que também revelou Dunga hoje é toda atleticana.

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