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Marcos Malucelli acusa nova gestão de maquiar o balanço; Reunião de hoje sobre finanças deve contar com Petraglia | Fotos: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo e Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Marcos Malucelli acusa nova gestão de maquiar o balanço; Reunião de hoje sobre finanças deve contar com Petraglia| Foto: Fotos: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo e Albari Rosa/ Gazeta do Povo

As divergências entre Ma­­rio Celso Petraglia e Marcos Malucelli, atual e ex-presidente do Atlético respec­ti­vamente, deixaram o cam­­po esportivo e político para alcançar a matemá­­tica – ou as finanças, mais especificamente.

O assunto agora é o balanço do clube de 2011, a ser publicado até o final deste mês. Malucelli diz que Petraglia estaria maquiando o demonstrativo, visando a apontar um déficit no último ano de sua gestão.

Polêmica que vai parar hoje à noite nas mãos do Conselho Deliberativo atle­­ticano, em reunião no CT do Caju. Na pauta: "Co­­nhecimento, discussão e julgamento das contas do exercício 2011", além da apresentação das atividades de refor­mulação da Arena para a Co­­pa do Mundo.

O conflito atual acontece por causa da inclusão ou não no balanço dos R$ 20 milhões recebidos pelo Rubro-Negro ao fechar o contrato com a Glo­­bo para a transmissão dos próximos três Campeonatos Brasileiros. Considerando o valor, o documento apresenta um superávit de cerca de R$ 14,4 milhões. Excluindo, déficit de R$ 5,6 milhões.

Malucelli justifica a inserção: "As luvas entraram no caixa do Atlético em maio do ano passado. E de uma vez só. Tanto que o imposto sobre o todo (5% de INSS) já foi descontado. Tomei o cuidado ainda de consultar o Coritiba e o São Paulo, e os dois procederão da mesma maneira. A televisão também orientou neste sentido."

De acordo com o ex-dirigente, Petraglia pretende inserir o montante em "parcelas" no inventário atleticano. "É uma jogada por duas razões. Para dizer para todo mundo que recebeu um clube deficitário. E para mascarar o mandato dele com mais receitas na sequência".

Malucelli revela que solicitou um "pré-balanço" quando ainda ocupava a cadeira da presidência. E, conforme o levantamento da auditoria Mazars, o Furacão possuía, até o dia 30 de novembro de 2011, o seguinte quadro: R$ 80,3 milhões em receitas, R$ 65,9 milhões de despesas, R$ 14,4 milhões de superávit.

O dirigente soube da dis­­crepância ao procurar o clube neste mês, para conferir o término da apuração. "Fui informado pelo Jé­­fer­­son [Nazário, presidente do Conselho Fiscal] de que constava um déficit. Procurei então o contador do clube e ele explicou que era em virtude do estorno das luvas".

Nazário confirma: "Há mes­­mo uma dúvida sobre o aproveitamento da verba recebida da televisão. Es­­­­tou aguardando o parecer de uma auditoria externa", diz o responsável pelo Conselho Fiscal.

A reportagem entrou em contato com o Atlético para ouvir a versão de Mario Cel­­so Petraglia. Nem a assessoria do clube e nem Antônio Carlos Bettega, presidente do Conselho Deliberativo, atenderam os telefonemas.

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