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Atlético recebe última parcela do governo, mas não quita atrasados

A Fomento Paraná liberou ontem à CAP S/A – empresa criada pelo Atlético para gerir as obras da Arena da Baixada – a última parcela do empréstimo de R$ 6,4 milhões. A transação é a esperança de alguns empresários de receberem pelos serviços prestados durante a reforma do estádio.

Três deles estiveram ontem na sede administrativa do Furacão para conversar com a diretoria, mas não foram recebidos por nenhum representante do clube. Apenas a informação de que a autarquia estadual liberou dinheiro e que seriam pagos nos próximos dias, sem uma data específica.

"Vamos esperar mais um pouco, mas se não tiver nenhum acerto até amanhã vamos fechar lá [a avenida Getúlio Vargas, em frente ao estádio] de novo", adiantou o empresário da construção civil, Paulo Henrique Desplanches.

Segundo os responsáveis pelas empresas de terraplenagem, limpeza e manutenção que aguardam o pagamento, o montante chega a R$ 1 milhão.

A parcela que foi liberada estava disponível antes mesmo do início da Copa, mas o Atlético tentava alterar uma cláusula do contrato com a Fomento Paraná. O órgão, no entanto, não cedeu e exigiu o cumprimento do acordo inicial. Sem opção e precisando de fluxo de caixa, o Atlético se viu obrigado a recuar.

Enquanto o atacante Mar­celo, 22 anos, estreava como profissional no Atlético, no dia 7 de junho de 2009 contra o Atlético-MG, na Arena da Baixada, Douglas Coutinho, 20 anos, ainda defendia o time sub-15 do Cruzeiro. Distantes na época, hoje formam a força de ataque do Furacão, invicto há sete jogos e na quarta colocação do Campeonato Brasileiro.

INFOGRÁFICO: Douglas Coutinho demonstra melhor faro de gol que Marcelo

O caminho que Coutinho percorreu até se tornar titular no Rubro-Negro foi bastante parecido com o do companheiro. Ambos chegaram cedo às categorias de formação no CT do Caju, foram campeões em torneios de base, jogaram a Copa São Paulo de Futebol Júnior e precisaram ralar para estrear aos 18 anos na equipe principal.

Parecidos no porte físico, compartilham outras características: são rápidos e voluntariosos. Eles, porém, mantêm suas diferenças. "Eles têm algumas semelhanças, mas o Marcelo joga mais pela beirada e o Coutinho é um atacante mais solto, que fica mais à vontade por dentro", analisou o técnico Ricardo Drubscky, responsável por trazer Coutinho ao Atlético em 2010 e quem o puxou para o time principal no início do Brasileiro do ano passado.

E a evolução do novato tem sido mais rápida do que foi para Marcelo. Em menos de dois anos, foi destaque no Paranaense de 2013, jogou a Libertadores e agora é peça importante para a equipe comandada por Doriva.

Nesse tempo, mostrou que tem um faro de gol mais potente que o do companheiro. Além de correr, marcar, dar passes, ele não se intimida na frente do goleiro. Prova é que no Estadual do ano passado foi o artilheiro do time com 11 gols e no Nacional deste ano é o principal matador atleticano, com seis bolas na rede – só perde no campeonato para Ricardo Goulart, do Cruzeiro, que tem sete.

"O Coutinho é muito inteligente e competente para finalizar. É um jogador com frieza relativa. É certeiro nos botes, nos piques e tem condição de terminar um lance de maneira precisa", referendou Drubscky.

"Os gols saem naturalmente e vou sempre procurar ajudar a equipe nas oportunidades que eu tiver", afirmou o jogador ao site oficial do Rubro-Negro. "Vou me concentrar durante a semana para ajudar a equipe no próximo jogo", completou Coutinho, já projetando o duelo contra o Fluminense, no domingo, às 16 horas, na Arena da Baixada.

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