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O enlameado gramado da Vila Olímpica, prejudicado pela chuva e pelo jogo de ontem entre Paraná e São Caetano, promete ser um desafio a mais para os jogadores de Atlético e Cruzeiro | Hugo Harada/ Gazeta do Povo
O enlameado gramado da Vila Olímpica, prejudicado pela chuva e pelo jogo de ontem entre Paraná e São Caetano, promete ser um desafio a mais para os jogadores de Atlético e Cruzeiro| Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo

Entrevista

‘O Cruzeiro é parecido com o Coxa de 2011’

Marcelo Oliveira, 58 anos, elogia o Atlético e compara o Cruzeiro ao Coritiba de 2011. O técnico apenas lamenta que o jogo será disputado no gramado da Vila Olímpica.

Como você avalia o Cruzeiro?

Está melhorando. O time mudou muito em relação ao ano passado, são seis ou sete jogadores diferentes. Jogamos 19 vezes, perdemos uma e empatamos uma. A derrota para o Atlético-MG acabou comprometendo o título [mineiro], mas a produção foi boa. É um time bom, com grandes expectativas.

A equipe joga de forma igual ao Coxa de 2011?

Tem formação tática parecida, o time também conta com a participação da torcida. A única diferença é que naquela ocasião a base já estava formada pelo Ney [Franco], mudei um ou outro jogador. Aqui foi um trabalho diferente, pegando o time do zero.

O que você espera do Atlético?

Vai ser um jogo muito difícil, complicado. Vi e revi a estreia contra o Fluminense e achei que o Atlético jogou melhor e merecia mais sorte. É um time competitivo e rápido, com marcação forte. Tem bons nomes, como o João Paulo, o Marcelo. Lamento o estado do gramado, que já era ruim quando treinava o Paraná [em 2010].

Marcelo Oliveira, técnico do Cruzeiro.

Atlético e Cruzeiro se enfrentam hoje, às 15 h, na Vila Olímpica, pela segunda rodada do Brasileiro. Dos bancos de reservas, os conterrâneos Ricardo Drubscky e Marcelo Oliveira vão dirigir as equipes no enlameado gramado do estádio do Boqueirão. Dois treinadores mineiros cujas similaridades vão muito além do estado onde nasceram.

O técnico do Furacão, de certa forma, trilha caminho semelhante ao do comandante da Raposa. Drubscky, de 53 anos, chegou ao CT do Caju no ano passado como um quase anônimo. Seu maior feito era ter levado o modesto Tupi-MG à conquista da Quarta Divisão, em 2011. Entre trancos e barrancos – ele chegou a ser rebaixado ao sub-23 logo após iniciar o trabalho –, o belo-horizontino devolveu o rubro-negro à elite do futebol nacional.

O terceiro lugar na Série B colocou o nome do atleticano em evidência, coisa que Marcelo Oliveira, de 58, também fez em sua passagem pelo estado. No Coritiba entre 2011 e 2012, o técnico venceu o Paranaense duas vezes em cima do maior rival. Os dois vice-campeonatos seguidos da Copa do Brasil também destacaram seu trabalho. Antes de desembarcar em Curitiba, ele só tinha um título da divisão de acesso mineira no currículo.

"Somos mineiros que foram bem no Paraná, assim como alguns paranaenses se deram bem aqui em Minas. Temos essa similaridade, sim", concorda Oliveira, adepto do café com leite e pão de queijo. Outra semelhança entre ambos são os longos anos vividos em categorias de base.

Em janeiro deste ano, os treinadores gravaram uma matéria para uma televisão de Belo Horizonte e bateram papo sobre futebol. Eles chegaram a trabalhar juntos no Galo por um período curto, mas por causa da distância e da falta de convivência a amizade ficou esquecida. O respeito, não. "Ele faz um bom trabalho. Mostra um time sempre muito rápido, moderno e bem organizado", elogia Oliveira. "É um grande adversário. Tem bons jogadores e um bom treinador", disse Drubscky, em entrevista à RPC TV.

A diferença entre ambos está no passado como pré-treinadores. Enquanto Drubscky veio da academia, com larga experiência também em aspectos de fora das quatro linhas, Oliveira foi um meia habilidoso, que marcou história com a camisa de Atlético-MG e Botafogo.

Hoje, os mineiros decidem quem leva vantagem no confronto direto. "Jogando em casa, mesmo sendo quarta à tarde, em um estádio não muito grande, vamos estar com presença maciça da torcida para fazer valer o mando de campo e nossa qualidade", confia o atleticano, que promete no máximo duas mudanças em relação ao time que perdeu para o Fluminense, no domingo. Enquanto Ciro pode aparecer no ataque, o espanhol Mérida fica como opção entre os suplentes.

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