• Carregando...
 |
| Foto:

O Atlético terminou a temporada passada com um goleador inquestionável vestindo a camiseta número 77. Sete meses depois, Éderson não é nem sombra do jogador que foi artilheiro do último Campeonato Brasileiro com 21 gols. Um verdadeiro homem-gol bipolar.

Veja como está a fase do artilheiro Éderson

O atacante de 25 anos perdeu seu instinto matador em 2014. Com apenas um gol marcado e atuações fracas, seu espaço e importância têm diminuído para o time. Tanto que foi substituído em todas as rodadas do Nacional até o momento. Contando com as atuações na Libertadores, ele soma apenas quatro gols em 20 partidas – média de 0,2 gol por duelo.

Na comparação com a boa fase, os números são impactantes. O cearense de Pentecoste marcou, por enquanto, seis vezes menos gols do que nas 12 primeiras rodadas do Brasileirão 2013. Há nove jogos não balança a rede – seu maior jejum no clube – e, caso queira igualar a marca do ano passado, precisa fazer quase um gol por jogo a partir de agora.

Ao todo, Éderson fez 25 quando "toda bola que chutava era gol", como comemorava o pai do atacante, o vigia Valdemir Rosa da Silva. Tempos que vão retornar, diz acreditar o técnico Doriva.

"Falei com ele que os gols vão voltar a acontecer. Disse para ele continuar focado que as coisas acontecem naturalmente. Ainda falei para ele controlar a ansiedade que vai voltar a fazer gols. Ele vai nos ajudar muito", tranquilizou treinador antes da derrota para o Fluminense, domingo, na Arena da Baixada.

Cumprindo a rotina de não ficar em campo durante 90 minutos, Éderson foi substituído aos 16 minutos do segundo tempo do revés por 3 a 0 para os cariocas.

Sem conseguir executar sua função principal, o camisa 77 tenta ajudar de outras formas. Mas até assim tem deixado a desejar. O atacante foi garçom somente uma vez no Brasileiro, quando deixou Douglas Coutinho na cara do gol na vitória sobre o Flamengo (16/7) – no ano passado foram oito assistências para os companheiros.

No mais, o jogador revelado pelo ABC de Natal tem se movimentado e atraído a marcação adversária, sacrificando até seu melhor posicionamento. Muito pouco para quem foi alvo de clubes estrangeiros na janela de janeiro. "Em termos de gols, eu me cobro muito para marcar. Mas quando não consigo, busco ajudar a minha equipe a conquistar as vitórias", disse Éderson, pouco antes da retomada do Brasileiro após a parada para a Copa do Mundo.

Se o período de intertemporada não ajudou o homem-gol atleticano, deu a oportunidade para Douglas Coutinho deslanchar e fazer às vezes de artilheiro, com seis gols marcados. Além dele, o atacante Marcelo (3), o meia Marcos Guilherme e até o zagueiro Cleberson (2 cada um) foram mais decisivos do que Éderson para o Atlético na temporada.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]