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Lucas Olaza: aposta do DIF que ainda não deu resultado | Albari Rosa / Gazeta do Povo
Lucas Olaza: aposta do DIF que ainda não deu resultado| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo

Os homens do DIF

William Thomas

É ex-preparador físico e personal trainer de jogadores de futebol. Trabalhou, por exemplo, com o volante Lucas Leiva, do Liverpool, durante período de recuperação de lesão. Criou o projeto do DIF para o Atlético. Entrou em contato com Petraglia, que aprovou a ideia no final de 2012.

Luiz Greco

Está no Atlético desde janeiro de 2012, contratado para o cargo de relações internacionais do clube. Executou a mesma função no Cruzeiro, entre 2005 e 2007. Antes, no América-MG, fez a ponte para a parceria com o Feyenoord, da Holanda. É formado em educação física.

Pedro Martins

Trabalhou no marketing do Furacão entre 2006 e 2009. Fez MBA em Indústria do Futebol na Universidade de Liverpool e estagiou no Queen´s Park Rangers, de Londres. Foi responsável por abrir a parceria atleticana com a Ferroviária de Araraquara-SP, clube da cidade onde seu pai, Edinho Silva, foi prefeito.

Alto poder de decisão, baixo índice de aproveitamento. Um ano e quatro meses após a implantação oficial do Departamento de Inteligência de Futebol do Atlético (DIF), o setor não se mostra tão astuto como o próprio nome sugere.

ESCALAÇÕES: Confira a ficha técnica de Vitória x Atlético

Comandado por três pessoas (veja o perfil deles nesta página), a divisão utiliza vídeos e estatísticas geradas por um software para contratar jogadores. Hoje, às 16 horas, contra o Vitória, em Salvador, vai emplacar apenas três titulares.

Somente o zagueiro Dráusio e os laterais Sueliton e Natanael serão utilizados desde o início pelo técnico Miguel Ángel Portugal no Estádio Pituaçu. O aproveitamento é muito baixo em relação ao total de atletas trazidos pelo DIF.

Foram 34 (entre elenco principal e sub-23) desde janeiro do ano passado. Além dos citados acima, somente o atacante Dellatorre – já negocido – foi utilizado com bastante frequência. Outros dois (zagueiro Lucas Alves e o lateral-esquerdo Lucas Olaza) podem ser considerados promessas. O restante, porém, não teve chance ou foi reprovado pelo próprio DIF em uma segunda avaliação. Sete dos trezes nomes afastados pela diretoria nas últimas semanas foram contratados pelo serviço de inteligência.

Mas pior do que errar é ter de pagar por eles. E o Atlético pagou muito por pouco ou nenhum desempenho. A folha salarial chegaria a R$ 874 mil mensais se todos os nomes estivessem no clube no mesmo momento, de acordo com uma listagem de salários que a Gazeta do Povo teve acesso. A esse valor somam-se R$ 211 mil referentes ao plantel sub-23.

Ao todo, mais de R$ 1 milhão por mês para um retorno ínfimo. E a mensalidade do Wyscout, programa que mostra estatísticas de atletas de todo o mundo, não sai por menos de US$ 1 mil mensais.

O histórico de baixo acerto, contudo, não limita a força do DIF no clube. Nomes apresentados pelo departamento não podem ser vetados pelo técnico Miguel Ángel Portugal nem pelo coordenador Antônio Lopes, que normalmente concorda com as indicações.

O contrário já aconteceu inúmeras vezes. Os zagueiros Anderson Salles (Ituano), Chicão (Flamengo) e o meia Hugo (Vitória) são exemplos. Indicações do treinador, o meia André Moritz, meia brasileiro do Bolton, e Rudy Cardozo, do Bolívar, também foram barrados pelo setor de inteligência.

Por outro lado, o atacante Jeorge, do Treze-PB, foi o último a ser observado e contratado pelo DIF. Emprestado para o Icasa na disputa da Série B, entretanto, ele só poderá defender o Atlético em 2015.

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