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Torcedor acompanha vitória do Atlético contra o Avaí. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Torcedor acompanha vitória do Atlético contra o Avaí.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

A primeira temporada completa da Arena da Baixada pós-Copa do Mundo passou longe de representar presença de público padrão Fifa para o Atlético. Fato que fez o plano de sócios do clube ganhar força na eleição presidencial do clube, marcada para a primeira quinzena de dezembro.

Com dois jogos por fazer em casa até o fim do Brasileiro (Palmeiras e Flamengo), o clube tem, em média, 16.149 pagantes por jogo. Os atrativos do estádio renovado e do time que chegou a liderar o campeonato por três rodadas, porém, parecem não ter sido suficientes para transformar 2015 em ano de recorde rubro-negro.

Para igualar 2008, temporada na qual o Furacão brigou contra o rebaixamento, mas registrou inéditos 17.027 torcedores por partida (325.513 no total), o clube precisa alcançar média de 24.490 fãs nos duelos contra Porco e Peixe.

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Isso quer dizer que será necessário superar duas vezes os números de bilheteria, por exemplo, do confronto contra o Corinthians (23.850 pagantes), a terceira melhor do ano. Apenas os duelos contra Sport, no horário campeão de audiência das 11 horas (24.826) e o clássico Atletiba (26.773) arrastaram mais atleticanos ao Joaquim Américo neste ano.

Diante da expectativa criada pela casa nova, com teto retrátil e tudo, os números são frustrantes, concordam as duas chapas de oposição na eleição de dezembro. O principal problema, segundo a Atlético de Novo e a Democracia Atleticana, está no esgotamento do modelo do plano de sócio proposto pelo presidente Mario Celso Petraglia, que nesta segunda-feira (16) lança oficialmente a candidatura da situação, o chamado grupo CAPGigante.

Atualmente, o Atlético tem quatro planos de mensalidades com direito a ingressos para todos os jogos: R$ 100, R$ 150, R$ 250 e R$ 500.

“Houve uma saturação do plano de sócios atual. É necessária uma mudança, uma política mais inclusiva que permita pensar em uma nova formatação de receita”, acredita o advogado Henrique Gaede, candidato ao Conselho Deliberativo pela Atlético de Novo.

“Esses números [de público] demonstram que os valores cobrados são totalmente incompatíveis com a realidade do país. O cara pode ter paixão pelo clube, mas entre pagar um plano de saúde e ser sócio o que ele faz?”, questiona o economista Judas Tadeu Mendes, que disputará o Deliberativo pela Democracia Atleticana.

Gaede cita o jogo contra o Brasilia, pelas oitavas de final da Sul-Americana, como exemplo negativo. O enfrentamento pela competição internacional levou apenas 9.085 pagantes à Arena.

“É inadmissível ficarem 30 mil lugares vazios contra o Brasilia, sendo que eles poderiam ser comercializados por outro preço. Temos de pensar na setorização do estádio, ver se é possível, assim como analisar preços diferenciados por competição”, fala.

“Se o Petraglia continuar, tudo vai ficar igual. Ele se acha o Deus, o dono que tudo pode. Mudou a grama agora. É totalmente insensível. A Arena era para ser um puta orgulho, mas acho que os atleticanos eram mais felizes antes, na Arena antiga. Hoje o distanciamento entre clube e torcida é enorme… Nós poderíamos ter 60 mil sócios tranquilamente”, fecha Mendes.

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