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A perseguição ao gol 100 no campeonato de pontos corridos não é o único combustível que move o atleticano Paulo Baier. Mas certamente é o mais potente. A quatro gols da marca inédita, o meia de 38 anos não para de demonstrar o quanto quer fazer história. Domingo, contra a Ponte, o ‘velhinho’ anotou seu 96.º gol em Brasileiros. Com um chute de primeira em um campo encharcado, levou o Rubro-Negro ao terceiro lugar e ao mesmo tempo colocou sua contagem pessoal na reta final.

"É um ânimo a mais, uma coisa diferenciada. Acho que [essa marca] é uma glicose para ele", revela o empresário e amigo pessoal do jogador, Neco Cirne.

O Maestro marca gols em abundância há uma década. Iniciou a fama de artilheiro ainda como lateral-direito, em 2003, pelo Criciúma, e seguiu balançando as redes pelo Goiás – onde anotou 52% de seus gols – e Palmeiras, até chegar ao Furacão, já veterano, com 34 anos.

Em quatro temporadas, fez 26 tentos com a camisa rubro-negra no Brasileiro. Se seguir na mesma toada e alcançar o centésimo na cerreira ainda em 2013, igualará seus melhores números no Nacional desde que se mudou para Curitiba – fez nove em 2010.

Sinal de que o tanque segue cheio. As dores cada vez mais intensas, algo normal para quem está no 18.º ano da carreira, são superadas à base da vontade de botar a bola na rede.

"Eu ligo e o Baier reclama que está dolorido. Mas vai chegando o dia do jogo e ele rapidamente fica 100%. Só de imaginar a torcida berrando a adrenalina sobe e a dor passa", descreve Cirne.

Artilheiro que é artilheiro tem seus alvos preferidos. O Botafogo, sem dúvida, é o de Paulo Baier. Foram 12 gols contra o Alvinegro carioca, o dobro do que ele fez diante de Corinthians, Flamengo e Fluminense, empatados em segundo lugar na escala de vítimas.

O próprio Atlético também já sofreu nas mãos do gaúcho de Ijuí. Cinco vezes. Entre os rivais locais, o Paraná sentiu a precisão dos chutes do meia em três oportunidades; o Coritiba, em duas.

Mas o fôlego do camisa 30 não deve acabar assim que o gol 100 for marcado. A temporada de despedida será em 2014. No Atlético ou fora dele.

Ainda não houve aproximação da diretoria para renovação, então a obsessão por gols também serve como arma de convencimento para permanecer no Atlético, quem sabe disputar a Libertadores, e aumentar sua vantagem como o principal homem-gol do Brasileiro.

"Tudo depende do ano que vem porque ele quer jogar mais um. Não teve promessa para ficar, nem nada. Mas ele está mostrando que é importante, que resolve", elogia o empresário.

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