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Petraglia reclamou do baixo número de sócios em entrevista para a rádio oficial do clube | Henry Milleo /Gazeta do Povo
Petraglia reclamou do baixo número de sócios em entrevista para a rádio oficial do clube| Foto: Henry Milleo /Gazeta do Povo

O presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia, deu "um puxão de orelha", como ele mesmo disse, na torcida rubro-negra no domingo (9), antes da derrota fora de casa para o Vitória, por causa do baixo número de sócios. Em entrevista à rádio oficial do clube, também elogiou o técnico Ricardo Drubscky e fez questão de dizer que nunca pretendeu demiti-lo.

Sócios

A maior parte da entrevista de Petraglia foi fomentada na sua preocupação com o número de sócios. "Realmente nós estamos até um pouco surpresos negativamente", admitiu, porque "a procura tem sido muito pequena. Há uma decepção muito grande nossa", afirmou.

"Nestes dois anos que estamos fora [da Baixada] não temos tido nenhuma receita de bilheteria. A única receita que tem alimentado o nosso futebol é o sócio, que está em um nível muito abaixo do que nós gostaríamos", disse Petraglia.

"Estamos um pouco apreensivos. Se o ritmo for este como vamos dar conta de todos os nossos compromissos? Esta é a nossa ansiedade", relatou o dirigente, admitindo que o clube não teve condições de contratar mais reforços para o Brasileiro.

"Por outro lado poderíamos ter feito caixa com a venda de jogadores. Nós tivemos cinco ofertas para cinco diferentes jogadores que nos ajudaram a voltar para a Primeira Divisão. Casos do Manoel, do Cleberson, do Deivid, do Pedro [Botelho] e do Marcelo. O Atlético resolveu sacrificar seu caixa para manter esses jogadores na esperança de que os associados nos compensassem", afirmou.

Petraglia disse não esperar contribuição do torcedor que não tem condição de pagar os planos e afirmou na sequência que os valores podem aumentar caso o número de sócios não seja satisfatório. "Milagre ninguém faz. Estou aqui vindo puxar um pouco a orelha da nossa torcida de todos os níveis. Aqueles mais abastados, nós temos camarotes, cadeiras vips, vários níveis de produtos para que se consuma e ajude o nosso clube a fazer caixa e sustentar este momento extremamente difícil. Também, se não chegarmos ao níveis que precisamos, e hoje eu já ponho em dúvida, teremos que obrigatoriamente crescer o preço dos ingressos. De algum lugar tem de sair o dinheiro para pagar a conta", disse.

"Nós precisamos dessa colaboração, dessa participação. Eu sei que a gente assume essa responsabilidade, vai ter que dar um jeito, mas está muito pesada esta carga, está muito difícil", reclamou.

Pré-temporada

Pelo menos antes da derrota para o Vitória em Feira de Santana, Petraglia garantiu que não havia fundamento nos rumores de que uma possível demissão do técnico Ricardo Drubscky por causa dos resultados ruins no início do Brasileiro.

O cartola também defendeu a longa pré-temporada do Atlético, que passou os primeiros meses do ano apenas se preparando para o Brasileiro. "Nós veremos muito o resultado dessa política implementada no primeiro semestre no final quando [os adversários] entrarem em 50, 60 partidas [na temporada]. Os jogadores estarão extenuados física e mentalmente", acredita.

"O futebol está indo bem. Jogando fora do nosso estádio, com todas as dificuldades, voltando de uma Segunda Divisão, sem nenhum tostão para investir em futebol, como queremos exigir milagres? E a torcida não ajudando nos níveis esperados?", completou.

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