A reunião extraordinária do Conselho Deliberativo do Atlético terminou com bate-boca e ânimos exaltados nessa segunda-feira (18), no CT do Caju. Com presença de cerca de 150 conselheiros, o encontro foi tranquilo nos dois primeiros assuntos: aprovação das contas de 2014 e eleição do conselho de administração da CAP S/A – o presidente Mario Celso Petraglia foi reeleito. Quando a pauta foi aberta a assuntos gerais, porém, a confusão começou.
O conselheiro Daniel do Vale, representando um grupo de 25 pessoas, cobrou respostas de Petraglia em relação a assuntos polêmicos. Entre eles, a exploração econômica da Arena, demonstração de resultados do DIF (Departamento de Inteligência do Futebol), venda de atletas e a Funcap (Fundação Clube Atlético Paranaense).
Então, o presidente do Deliberativo, Antonio Carlos Bettega, o Tataio, colocou a entrada dos assuntos em votação, contra sua própria vontade. Ele alegou que a pauta de assuntos não poderia ter sido divulgada à imprensa.
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“Eles perderam a votação, já que a maior parte dos conselheiros queria ouvir o que o presidente tem a dizer sobre os assuntos. E aí alguns levantaram o tom, quase houve empurra-empurra, e o Tataio decidiu encerrar a reunião. Acabou da pior maneira possível”, contou um conselheiro, que prefere não ter seu nome revelado.
“Por pouco não houve agressões. A turma do ‘deixa disso’ conseguiu evitar algo pior”, disse outro membro do Conselho, que está claramente rachado.
Em determinado momento da reunião, Petraglia voltou a garantir que o Atlético só irá bancar um terço do valor da reforma da Baixada, cujo valor final alcançou R$ 346,2 milhões. O mandatário rubro-negro afirmou também que o governador Beto Richa lhe garantiu que o estado irá pagar a sua parte. Por outro lado, o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, virou alvo do dirigente, que o acusou de má vontade com o Atlético – os pagamentos das cotas de potencial construtivo do estádio estariam atrasados.
“Tirou fotografia e agora abandonou”, teria dito Petraglia. Em março, a prefeitura entrou na Justiça contra o clube por não pagar R$ 14,2 milhões das 16 desapropriações de terrenos vizinhos à Arena.
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