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Novo custo da Arena da Baixada é desconhecido do Tribunal de Contas e contraria auditoria contratada para fiscalizar a obra do estádio rubro-negro para a Copa | Giuliano Gomes/Gazeta do Povo
Novo custo da Arena da Baixada é desconhecido do Tribunal de Contas e contraria auditoria contratada para fiscalizar a obra do estádio rubro-negro para a Copa| Foto: Giuliano Gomes/Gazeta do Povo

Desapropriações

Furacão rejeita pagar contrapartida e cobra ‘dívida’ da prefeitura

O Atlético teria até hoje para devolver os cerca de R$ 16 milhões que a prefeitura de Curitiba gastou com as desapropriações para a reforma da Arena. Entretanto, o Rubro-Negro já indicou que não fará a indicação dos terrenos para repassar ao poder público. Vencido o prazo, a prefeitura recorrerá à Justiça.

No ofício enviado à prefeitura no dia 23, o Furacão afirmou que o município é que está inadimplente com suas obrigações e cobrou o pagamento de um terço dos atuais R$ 346,2 milhões das contas do estádio. Uma mudança de posição, considerando que o Atlético chegou a indicar duas áreas, nos bairros Caximba e Campo de Santana, para cumprir o acordo.

A prefeitura contesta o argumento. Alega que o convênio com o clube e o governo do Paraná, que viabilizou a Copa do Mundo em Curitiba, trata da divisão por três do orçamento de R$ 184 milhões do estádio.

Seis meses após a última partida da Copa do Mundo em Curitiba, o Atlético apresentou uma nova fatura da Arena da Baixada. Dos R$ 330,7 milhões do orçamento anterior revelado pelo clube, o estádio encareceu R$ 15,5 milhões. A conta atualizada é de exatos R$ 346.246.274,19.

O montante foi apontado pelo Furacão em um documento enviado à prefeitura no último dia 23. Uma resposta ao ofício do município com a indicação dos terrenos para a contrapartida das desapropriações de imóveis para a reforma da Arena (leia ao lado).

O Tribunal de Contas do Paraná (TC-PR) desconhece os R$ 15,5 milhões a mais. Atualmente em recesso, o órgão estava elaborando o relatório final da obra para o Mundial, que deveria ser divulgado ainda neste mês.

A mesma situação ocorre com a Fomento Paraná. Procurada ontem à tarde, a autarquia estadual, responsável pelos repasses de recursos públicos, declarou por meio de sua assessoria de imprensa que não foi informada do aumento.

Fiscalizadora das contas da obra, a PricewaterhouseCoopers fechou a auditoria também com os R$ 330,7 milhões. A multinacional americana foi contratada pela Fomento para acompanhar o empreendimento.

Os R$ 346,2 milhões representam a quinta atualização do custo da Baixada. O primeiro orçamento foi de R$ 135 milhões, incluído no convênio formalizado entre o Rubro-Negro, a prefeitura de Curitiba e o governo estadual, de 20 de setembro de 2010.

Mais tarde, em julho de 2011, o valor do Joaquim Américo foi para R$ 184,6 milhões. Em julho de 2013 cresceu ainda mais e atingiu R$ 265,4 milhões. Em janeiro deste ano, foi conhecido outro acréscimo: R$ 319 milhões.

Até então último número do projeto, os R$ 330 milhões foram revelados logo em seguida, dia 24 de fevereiro, em coletiva realizada no estádio. A partir deste momento, o Atlético não se manifestou mais sobre o encarecimento da praça esportiva.

Desde a confirmação como sede paranaense do Mundial no Brasil, a Arena conviveu com polêmicas e atrasos. Esteve próxima de ser excluída pela Fifa do torneio e sobreviveu graças a um plano de emergência.

Mantida, Curitiba recebeu somente quatro confrontos da primeira fase: o 0 a 0 entre Irã e Nigéria; a vitória do Equador sobre Honduras, por 2 a 1; o triunfo da Espanha diante da Austrália, por 3 a 0; e o 1 a 1 entre Argélia e Rússia.

Procurado pela reportagem, o Atlético preferiu não se manifestar.

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