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Os gêmeos Sidney e Sérgio Toaldo e o pequeno  Pedro irmãos  viram grandes jogos do Atlético como mandante  no Couto nos anos 80. | Hugo Harada / Gazeta do Povo/
Os gêmeos Sidney e Sérgio Toaldo e o pequeno Pedro irmãos viram grandes jogos do Atlético como mandante no Couto nos anos 80.| Foto: Hugo Harada / Gazeta do Povo/

No tradicional dia de novena na Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, foram os torcedores do Atlético que invadiram a Rua Amâncio Moro nesta quarta-feira (16) para acompanhar um jogo no Estádio Couto Pereira. Como a Arena da Baixada recebe o show do cantor inglês Rod Stewart nesta quinta (17), o Furacão mandou o confronto com o Grêmio, derrota por 2 a 1, na casa do rival Coritiba. A aproximação entre as duas diretorias, concretizada com a cessão do Couto para o Atlético, é vista com bons olhos por boa parte da torcida rubro-negra que esteve no jogo com o Tricolor gaúcho.

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“Se a amizade for duradoura, a gente pode até relevar um certo fanatismo e pensar no bem do futebol paranaense”, defende o estudante Orestes Lourenço, 20 anos. “Assim como está acontecendo com os coxas, eu vou odiar quando eles jogarem lá. Mas não será de graça e se for bom para os dois, que seja”, acrescentou.

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O empréstimo do Couto ao Atlético foi muito comum até a década de 80. Como em 1983, quando Atlético e Flamengo levaram cerca de 67 mil torcedores na semifinal do Campeonato Brasileiro, partida que marca o recorde de público no Alto da Glória.

“O barulho era tão grande, que todo mundo estava com dor de cabeça”, lembra o gerente Sérgio Luiz Toaldo, de 46 anos, que além da vitória atleticana por 2 a 0 sobre o time carioca em 1983, também esteve na última partida em que o Furacão mandou jogo no Couto, na vitória sobre o São Paulo pela Seletiva da Libertadores de 1999. “Foram jogos memoráveis. Tanto o de 83, como aquele contra o São Paulo, que também pude acompanhar”, lembra.

Sidney Toaldo, irmão gêmeo de Sérgio, lembra que antigamente era comum até torcedores do Atlético irem ao Couto para assistir às partidas do Coritiba. “Coritiba e Santos, em 85, me marcou. Assisti ao jogo e sequei. Quando sai estava 0 a 0 e estava contente. Quando cheguei na frente do cemitério ouvi a torcida virando com o gol do Coxa. Foi a arrancada deles para o título”, lembra Sidney, rindo da situação.

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O corretor Renato Carnelos, 28 ans, torcedor do Atlético, chegou a ir ao Couto ver jogos de outras equipes. Na verdade, uma tentativa frustrada de conversão por parte do avô paranista. “Meu avô me trouxe num Paraná e São Paulo. Foi legal, mas não teve jeito de ele me convencer a mudar”, disse. “O que acontece em campo, fica em campo. Faz bem para o futebol paranaense essa aproximação”, acrescenta.

O próximo passo da aproximação das diretorias seria um setor misto de torcidas tanto no Couto, quanto na Arena. Como já acontece nos clássicos cariocas no Maracanã e aconteceu em Grenais em Porto Alegre no Gauchão desse ano.

“Quem cria as confusões são os dirigentes e a torcida vai no embalo. Por que não posse ver o jogo com um amigo que torce pelo Coxa? Deveriam fazer como no Rio Grande do Sul e criar um setor misto para incentivarmos a paz”, sugere o corretor João Antonio Gavlak, 57 anos, que se lembra dos tempos em que as duas torcidas iam juntas para o Couto nos Atletibas. “A gente se reunia ali no Passeio Público e vinha caminhando junto para o estádio. Nunca tivemos confusão nenhuma”, recorda. Bem diferente do que vai acontecer no clássico do próximo domingo (20).

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