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Rubens Bohlen deixou a presidência do Paraná. | Brunno Covello/Tribuna
Rubens Bohlen deixou a presidência do Paraná.| Foto: Brunno Covello/Tribuna

Rubens Bohlen não é mais o presidente do Paraná. O agora ex-mandatário não resistiu à pressão por sua renúncia e, no fim da tarde desta terça-feira (24), em um pronunciamento realizado em um hotel no Centro de Curitiba, anunciou oficialmente seu desligamento do cargo.

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O dirigente disse que tomou a decisão final pela renúncia após ser ameaçado por João Quitéria, ex-presidente da torcida Fúria Independente e integrante do grupo Paranistas do Bem. Bohlen chegou a registrar um boletim de ocorrência na polícia.

“Ontem, quando acompanhava o treinamento, fui surpreendido por um dos membros do Paranistas do Bem que fez diversas ameaças para mim. O que aconteceu foi muito grave”, relatou. “Essa pressão é injusta. Diversas ameaças, inclusive, à minha família estão acontecendo nas últimas semanas. É por isso que estou me desligando desta instituição”, emendou.

De acordo com o estatuto do clube, o vice-presidente, Luiz Carlos Casagrande, o Casinha, assume o posto deixado por Bohlen. A pressão pela saída de Bohlen do poder começou ainda no mês passado, com a proposta do grupo Paranistas do Bem, liderado pelo empresário Carlos Werner e pelo ex-presidente da organizada Fúria Independente, João Quitéria, de investir R$ 4 milhões no futebol paranista em troca da renúncia do presidente.

Segundo os opositores, o choro e a declaração do gerente de futebol, Marcus Vinícius, após o clássico com o Atlético, de que o Paraná iria acabar no fim do ano, foram o estopim para o início da mobilização.

Bohlen rejeitou a proposta e acusou os opositores de tentarem comprar o seu cargo. Em seguida, uma série de acontecimentos de bastidores acabaram por minar e isolar Bohlen no clube.

Na sequência das acusações do mandatário, Werner, que bancava as despesas do CT Ninho da Gralha, anunciou que, por causa de divergências com a diretoria, iria parar de investir na base. Em seguida, seguidas reuniões dos conselhos Deliberativo e Consultivo colocaram o ex-mandatário ainda mais contra a parede. Apesar da intensa pressão, Bohlen resistiu e pediu 30 dias para apresentar um projeto para o Paraná.

Praticamente sozinho no clube e com dificuldades para encontrar parceiros, Bohlen ainda apelou para a aproximação de ex-membros de sua diretoria, como a do ex-superintendente Celso Bittencourt, que acompanhou a delegação na vitória sobre o Operário, no último domingo (21), em Ponta Grossa. Não bastou.

Na última segunda-feira (23), um dos integrantes do grupo Paranistas do Bem, João Quitéria, foi ao CT Racco, onde cobrou asperamente o ex-presidente por sua renúncia.

Diante da falta de perspectivas e de recursos para comandar o Paraná até dezembro, quando terminaria seu mandato, e onze dias após pedir tempo para apresentar um projeto, Bohlen deixou a presidência paranista.

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