O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), não atendeu a pedidos do PSDB e do PTB feitos na manhã desta terça-feira (15) e deixou de pautar para esta semana a votação da proposta do Proforte, projeto que estabelece um programa de parcelamento de débitos de times de futebol com a União em troca de novas regras de governança para os clubes. Pronto para ser examinado pelo Plenário da Casa, o projeto ganhou apelo após a acachapante derrota da seleção brasileira por 7 a 1 para a Alemanha, nas semifinais da Copa do Mundo.
O líder do governo na Casa, deputado Henrique Fontana (PT-RS), disse nesta tarde que o Planalto quer participar de uma negociação com o Congresso sobre o tema, mas que nada deve ser votado de forma "açodada". "O governo quer participar dessa negociação", disse Fontana, argumentando que o governo "tende a ser um time que joga na defesa".
Assinado pelo deputado tucano Otávio Leite (RJ), o Proforte dá um prazo de 25 anos para a quitação dos débitos, corrigidos pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). O texto institui ainda um Fundo de Iniciação Desportiva na Educação (iniciE). Os clubes e federações que queiram acessar o benefício terão que obedecer critérios como o cumprimento regular do pagamento de salário de jogadores e funcionários, além do controle do déficit financeiro dos times e entidades.
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