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Valdir Barbosa durante treino do Coritiba. | Antônio More/Gazeta do Povo
Valdir Barbosa durante treino do Coritiba.| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Quando pagou R$ 40,5 milhões por Alexandre Pato em 2013, o Corinthians usou mais que o valor que era recebido por todo o campeonato por Atlético e Coritiba . Quando a contratação naufragou, Pato foi trocado por Jadson e o clube paulista ganhou o Brasileirão. Um erro destes seria fatal para os paranaenses.

Num exemplo proporcional, o Coxa paga caro até hoje pela alegria de repatriar Alex na concorrência de Palmeiras e Cruzeiro. “Foi uma escolha de gestão muito danosa pras finanças. Nada pessoal com Alex ou com o ex-presidente Vilson [Ribeiro de Andrade]”, analisa o especialista em marketing e gestão esportiva Amir Somoggi sobre os cerca de R$ 350 mil que o ídolo recebia.

Se é assim, dois caminhos: ou acerta nas contratações e/ou nas revelações. No ano passado, seguindo a tese dos economistas Chris Anderson e David Sally, autores do livro Os Números do Jogo, os cinco jogadores mais importantes do Brasileirão foram: Vitinho, do Inter, Henrique Almeida, do Coritiba, Walter, do Atlético, Bruno Henrique, do Goiás e Jadson, do Corinthians. Dos pés destes jogadores saíram os gols que, ou garantiram (habitualmente a diferença de dois) ou foram os únicos da vitória desses clubes. Foram mais importantes até que os do artilheiro Ricardo Oliveira, do Santos.

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Achar novos “Henrique Almeida” carece de senso de oportunidade e sorte, segundo Barbosa. “O futebol é um jogo como qualquer outro, você vive de apostas. Às vezes acerta, às vezes não. Quando o Henrique veio, foi indicado pelo Ney Franco, que conhecia ele de seleção. Deu certo.”

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Se o dinheiro não permitiu aos clubes de Curitiba melhores reforços, então é preciso olhar para dentro. Otávio, Hernani e Ewandro, decisivos no título estadual atleticano, são formados ou aprimorados no CT do Caju. Juninho e Walison Maia, no Graciosa. “Como o Atlético de Madrid figura lá [entre os grandes da Europa]? Com um bom modelo de base. O Borussia Dortmund também tem um modelo de futebol próprio e foi vice da Champions League”, exemplificou o especialista, citando casos de sucesso em mercados com concorrentes mais poderosos financeiramente. Nesse ponto, a convicção de Sallim Emed, presidente do Furcão, é grande: “Reforça aí. Vamos investir, mas valorizando o elenco e principalmente a base. É a nossa marca.”

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