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Lucas Pratto comemora um dos dois gols  contra Palmeiras na partida  deste domingo (23). | Bruno S.C. Junior/Bruno Cantini/Atlético MG
Lucas Pratto comemora um dos dois gols contra Palmeiras na partida deste domingo (23).| Foto: Bruno S.C. Junior/Bruno Cantini/Atlético MG

No estádio Independência, em Belo Horizonte, o Atlético Mineiro se transforma. Precisava de uma vitória sobre o Palmeiras para não deixar o líder do Campeonato Brasileiro, o Corinthians, se distanciar na tabela de classificação. E assim foi, neste domingo, pela 20.ª rodada. A vitória por 2 a 1 foi construída no primeiro tempo, com Lucas Pratto recuperando seu faro de gol após quatro rodadas em branco e com o pequeno Luan infernizando a defesa palmeirense, principalmente nas costas de Egídio, o ponto fraco do time paulista em Minas Gerais.

Mas ninguém pode dizer que não foi uma partida franca, de muita correria, poucas faltas e erros de passes e bem disputada até o fim. A bola não ficou com o Palmeiras, como queria o técnico Marcelo Oliveira. Um erro, mas que se pode entender quando se enfrenta um Atlético “com a faca nos dentes”, babando pelo três pontos em casa.

Ocorre que poderia ter sido melhor para o visitante, que mirava o G-4. Rafael Marques, que não era nem para sair jogando (ele foi escalado porque Cleiton Xavier se machucou na coxa antes da viagem e foi cortado), estava lento, segurando demais a bola, dançando na frente da marcação e quase sempre perdendo a bola. Como o Palmeiras se propôs a sair em velocidade nas brechas encontradas, o atacante atrapalhou bem.

Mas nem de longe foi o pior jogador do Palmeiras. Esse foi Egídio. Irreconhecível em Minas Gerais. A maioria das jogadas ofensivas do Atlético era nas suas costas. Perdeu-se entre marcar Marcos Rocha e o endiabrado Luan. Poderia ter tido uma ajuda mais consistente de Zé Roberto. Não teve. Egídio também abusou dos erros de passes e bolas perdidas. Marcelo Oliveira viu tudo isso e sacou o lateral-esquerdo no intervalo. Robinho entrou no meio e Zé Roberto, na esquerda.

A pressão do Atlético foi grande. E não seria demais dizer que foi por culpa do gol do Palmeiras, de Andrei Girotto, logo aos 4 minutos, na melhor e mais lúcida jogada do time na primeira etapa. Lucas cruzou e o volante meteu a cabeça, com estilo e força.

A partir daí, do gol, a vida do Palmeiras no Independência virou um inferno, com muita correria, movimentação e penetração dos jogadores do time de Minas Gerais. Na área do goleiro Fernando Prass, que também errou em bolas aéreas, Lucas Pratto estava a fim de recuperar a fama de goleador.

O centroavante argentino atacou com dois gols, aos 17 e aos 36, este de pênalti (Lucas forçou por trás em Giovanni Augusto). Com a virada para 2 a 1, o Atlético se postou na etapa final com a qualidade de quem já liderou o Nacional. O Palmeiras foi para cima e teve chances. O transformado clube mineiro correu menos, mas também teve chances. E colou no líder.

Tem agora 39 pontos, quatro atrás do Corinthians e dois na frente do Grêmio, que o havia alcançado na rodada anterior. Já o Palmeiras, com 31 pontos, segue em quinto lugar e perdeu a chance de entrar no G4 com a derrota do Fluminense, que tem 33.

FICHA TÉCNICA

ATLÉTICO-MG 2 x 1 PALMEIRAS

ATLÉTICO-MG - Victor; Marcos Rocha, Edcarlos, Jemerson e Douglas Santos; Leandro Donizete, Rafael Carioca, Luan (Dátolo) e Giovanni Augusto (Guilherme); Thiago Ribeiro (Patric) e Lucas Pratto. Técnico: Levir Culpi.

PALMEIRAS - Fernando Prass; Lucas, Jackson, Vitor Hugo e Egídio (Robinho); Amaral, Andrei (Gabriel Jesus), Zé Roberto e Dudu; Rafael Marques e Alecsandro (Barrios). Técnico: Marcelo Oliveira.

GOLS - Andrei, aos 4, e Lucas Pratto, aos 17 e aos 36 (pênalti) minutos do primeiro tempo.

CARTÕES AMARELOS - Jemerson (Atlético-MG); Lucas e Dudu (Palmeiras).

ÁRBITRO - Sandro Meira Ricci (Fifa/SC).

RENDA - R$ 683.385,00.

PÚBLICO - 17.464 pagantes.

LOCAL - Estádio Independência, em Belo Horizonte (MG).

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