O Atlético-MG levou um susto ao receber o Figueirense neste domingo. Com um time composto quase todo por jogadores reservas, o time da casa viu o rival abrir o placar no Independência e conseguiu arrancar apenas um empate em 1 a 1 em um jogo bastante movimentado e com amplo domínio dos mineiros, apesar do resultado. O empate só saiu após o técnico Levir Culpi por em campo titulares que pretendia poupar para evitar maior desgaste.

CARREGANDO :)

Levir optou pelo grupo reserva por causa do cansaço dos jogadores que participaram da primeira partida da final da Copa do Brasil contra o Cruzeiro, na quarta-feira (12), vencida pelo por 2 a 0. Mas o placar da 34.ª rodada impediu o Atlético de se aproximar do G4 do Campeonato Brasileiro.

Com 58 pontos, a equipe subiu da sétima para a sexta posição. Porém, viu Cruzeiro, São Paulo, Inter, Grêmio e Corinthians, os cinco primeiros, se distanciarem com vitórias. Para o Figueirense, o empate fora de casa foi bom resultado, já que o time está em 13.º, com 40 pontos, e luta para se manter na Série A do Brasileirão. A Chapecoense, primeira da zona de degola, tem 36.

Publicidade

O foco em pontuar para afastar o risco de rebaixamento fez com que o time visitante entrasse em campo em campo totalmente retrancado e com forte marcação na saída de bola do Atlético. E a eficiência do Figueirense em impedir que o Atlético criasse jogadas fez com que os donos da casa arriscassem de longe, sem levar perigo real ao gol de Tiago Volpi.

Nas poucas oportunidades em que conseguiram por a bola na área na primeira etapa, os mineiros não conseguiram aproveitar e viram a zaga adversária matar as jogadas sem dificuldade.

As jogadas de maior risco à defesa do Figueirense no primeiro tempo tiveram a assinatura de Dodô, por quem passava a maioria das armações atleticanas. Numa delas, o meia bateu cruzado e a bola passou quase raspando na trave, fazendo parte da torcida prender a respiração.

O Atlético se manteve no ataque e dominou o jogo durante praticamente toda a etapa inicial, apesar da falta de efetividade. Mas, no último minuto do tempo regulamentar, a defesa alvinegra se perdeu e Jefferson aproveitou para marcar um golaço. O volante, que atuou improvisado na lateral direita, bateu forte de fora da área e acertou o ângulo esquerdo de Victor.

Diante da perspectiva de um adversário ainda mais fechado no segundo tempo para segurar o resultado, Levir Culpi mandou o time retornar a campo ainda mais ofensivo, com as presenças de Luan e Carlos nos lugares, respectivamente, de Eduardo e Marion. As mudanças deixaram o ataque bem mais veloz e logo aos seis minutos os anfitriões conseguiram o empate como Dodô, que completou com voleio um toque de cabeça de Josué para a área catarinense.

Publicidade

O gol deu mais ânimo ao time que, embalado pela torcida, passou a pressionar mais o Figueirense, dando mais trabalho para a defesa catarinense. Diante das investidas atleticanas, o técnico do Figueirense, Argel Fucks, fechou mais o time e pôs Yago em campo apostando nos contra-ataques.

A estratégia catarinense fez efeito, pois o Atlético passou a encontrar muito mais dificuldade para criar oportunidades. E à medida que o tempo corria e o time da casa perdia o ritmo, o Figueirense adiantou a marcação, matando a maior parte das jogadas adversárias ainda no meio de campo até o árbitro encerrar o confronto.

"O jogo foi péssimo. Fomos castigados com um gol. Apenas uma bola e o jogador do Figueirense foi feliz com um chute indefensável. Com o Flamengo agora, na quarta-feira (19), temos que recuperar esses pontos", avaliou Pierre após a partida.