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Num jogo entre dois candidatos ao título do Campeonato Brasileiro, melhor para o São Paulo, que foi até Belo Horizonte neste domingo e roubou um ponto do Atlético-MG após empate em 0 a 0. Mesmo com um jogador a menos por meia hora - Denilson foi expulso infantilmente -, o time paulista dominou o jogo e, cheio de vontade, amenizou as duas derrotas no mesmo Independência pela Libertadores.

Com o empate pela terceira rodada do Brasileirão, o São Paulo continua líder, com sete pontos, ficando à frente do Vitória pelo saldo de gols. O Atlético-MG, que perdeu na estreia para o Coritiba e teve seu jogo da segunda rodada adiado, tem só um ponto e é o penúltimo colocado. Depois de 13 vitórias seguidas no Independência, agora acumula dois empates no "Horto".

Até a parada para a Copa das Confederações, o São Paulo ainda enfrenta o Goiás, quarta, no Morumbi, e o Grêmio, uma semana depois, em Porto Alegre. Já o Atlético-MG joga contra Vasco (quarta, fora), Grêmio (domingo, em casa) e Santos (dia 12, na Vila Belmiro). O primeiro jogo da semifinal da Libertadores, contra o Newell's Old Boys é em 3 de julho.

O jogo

Apesar do desgaste pelo jogo de quarta-feira pela Libertadores, nenhum jogador do Atlético-MG quis ser poupado contra o São Paulo. Prova de que vencer novamente o time tricolor era questão de honra para os mineiros. Do lado paulista a recíproca era verdadeira. Dos mais guerreiros do São Paulo, Thiago Carleto logo machucou o joelho. Até tentou voltar a campo chorando, mas precisou ser substituído. Juan, sem jogar desde dezembro, reestreou.

Com os dois times marcando forte, ficava a dependência de um lampejo dos armadores. A diferença é que do lado atleticano estava Ronaldinho Gaúcho. No São Paulo jogava o estreante Lucas Evangelista, de apenas 18 anos. Assim, o Atlético foi pouco mais perigoso na primeira metade do jogo.

Mas a melhor chance do primeiro tempo foi do São Paulo. Aos 35, Victor saiu mal do gol, Lúcio cabeceou e Marcos Rocha salvou de forma incrível, fazendo uma verdadeira defesa em cima da linha. Os donos da casa responderam com Luan, que recebeu pela esquerda driblou Rogério Ceni, mas viu Juan chegar no carrinho e travá-lo.

Na segunda etapa o jogo melhorou e era todo do São Paulo. O time visitante tinha mais de 70% da posse de bola e só não fez o gol porque Osvaldo, com o gol aberto, perdeu chance incrível criada por Aloísio.

Mas aí Denilson decidiu ajudar o Atlético, tal qual fez Lúcio no jogo de ida da Libertadores. Após chutão da defesa mineira, Denilson errou o tempo do domínio de bola na frente da área são-paulina e botou o braço na bola. Como era o último homem, foi expulso direto - de qualquer forma, ele já tinha amarelo.

A besteira do volante obrigou Ney Franco a mexer no time. Queimou Lucas Evangelista e colocou em campo Wellington. Mas a zaga continuou bem protegida por Rodrigo Caio, Lúcio e Paulo Miranda, e o Atlético seguiu tendo dificuldades, enquanto o São Paulo ameaçava. Tanto que Douglas quase fez após triangulação - Victor mandou para escanteio.

O panorama só mudou quando o guerreiro Aloísio desabou no campo. Ele não queria ser substituído, mas Ney Franco atendeu a sinalização de Osvaldo e sacou o atacante. Colocou Rhodolfo no seu lugar. O São Paulo recuou e chamou o Atlético, que aproveitou e foi. Por cinco minutos o time mineiro circundou a área adversária, mas só ameaçou em chuveirinhos na área, sempre bem neutralizados pela defesa tricolor.

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