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Adesivo em carro de Ponta Grossa: está cada vez mais difícil acreditar na salvação do Fantasma no Paranaense. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Adesivo em carro de Ponta Grossa: está cada vez mais difícil acreditar na salvação do Fantasma no Paranaense.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O Fantasma de Ponta Grossa passou de assombração a assombrado. Campeão paranaense pela primeira vez no ano passado, o Operário manteve para 2016 boa parte do time que bateu o Coritiba para erguer o troféu.

Surpreendentemente, a medida não surtiu efeito. Lanterna do Estadual, o time dos Campos Gerais está à beira do rebaixamento. Com cinco pontos, quatro atrás do Cascavel, primeiro clube fora da ZR, o Operário tem confronto direto com a Serpente, fora de casa, neste domingo (20), para tentar sobreviver. Se empatar e o PSTC também ficar na igualdade com o Rio Branco, em Paranaguá, o Fantasma estará matematicamente na Série B. Uma derrota também sela qualquer esperança alvinegra de continuar na elite.

TABELA: Veja a classificação do Paranaense

Se em campo a situação é ruim, nos bastidores o clima não é menos tenso. Presidente do Fantasma, Laurival Pontarollo admite que há problemas internos, mas quer esperar o fim da primeira fase para tocar no assunto publicamente. “Tem coisas que não posso falar agora porque não quero criar mais atrito. Temos de focar no Cascavel. Mas, assim que acabar, vou desabafar”, diz ele, que garante acreditar na salvação com a chegada do técnico Joel Preisner.

O comando da equipe, inclusive, é apontado por ele como o principal erro para a temporada. Parte da direção era contra o técnico Picoli como substituto de Itamar Schülle, que deixou o clube após a Série D. E a troca dele por Claudemir Sturion, já com o campeonato em andamento, também dividiu opiniões na administração.

Foram contratadas comissões técnicas muito fracas. Como o Operário foi campeão, alguns se acharam acima de qualquer erro. Faltou um pouco de humildade

Laurival Pontarollo, presidente do Operário

“Foram contratadas comissões técnicas muito fracas. Como o Operário foi campeão, alguns se acharam acima de qualquer erro. Faltou um pouco de humildade”, reconheceu, se posicionando contrário à escolha dos dois primeiros técnicos. Álvaro Góes presidente do grupo gestor do Fantasma, responsável pela administração e captação de patrocínios, também teria sido voto vencido na contratação dos treinadores.

Pontarollo afirma ainda que o título estadual mascarou problemas da equipe e que contratações não vingaram.

Escolhido para comandar a equipe a partir da quinta rodada, Sturion aponta dois problemas principais: falhas na preparação física e a aposta em jogadores que não vivem bom momento técnico.

“Quando assumi, a preparação física deixava a desejar. As contratações feitas não surtiram efeito e a direção apostou em jogadores que não vivem seu melhor momento”, avalia. Ele também concorda que o título fez mal ao clube, que se apegou demais ao elenco bem-sucedido em 2015.

“Foram campeões com o Operário, mas o momento era outro. Os jogadores não são ruins, mas quando a gente tentava resolver alguns problemas, acabava parando na direção, que passava a mão na cabeça. Isso atrapalhou”, concluiu.

Sturion revela ainda interferência frequente de Góes e Pontarollo no trabalho da comissão técnica. Acusação rebatida de pronto. Segundo Pontarollo, assuntos envolvendo elenco são responsabilidade exclusiva do diretor e do gerente de futebol, Antônio Mikulis e Paulo Balansin, respectivamente.

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