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Petraglia, Gomyde e Bacellar durante campanha à presidência da FPF: união retomada para discutir o futebol do estado. | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Petraglia, Gomyde e Bacellar durante campanha à presidência da FPF: união retomada para discutir o futebol do estado.| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

Uma insatisfação com a maneira como o futebol paranaense está sendo administrado será o combustível que levará diversos presidentes de clubes da Primeira Divisão do Estadual para uma reunião no hotel Bourbon, no Centro de Curitiba, na noite desta terça-feira (29). O encontro é encabeçado pela dupla Atletiba.

“Todos os clubes foram convidados para apresentar uma proposta de discussão para o bem do futebol paranaense. A ideia é que os clubes se fortaleçam e o futebol do estado fique mais forte”, explica o presidente do Atlético , Luiz Sallim Emed.

Quem tem feito o contato com as equipes é o advogado Juliano Tetto, que já esteve ao lado de Furacão e Coxa nas eleições de 2015 da Federação Paranaense de Futebol (FPF) apoiando a candidatura de Ricardo Gomyde a presidente. O ex-candidato, por sinal, participa do movimento, apesar de publicamente negar e não querer dar declarações sobre o assunto.

Todos os clubes foram convidados.
A ideia é que eles se fortaleçam e o futebol do estado como um todo fique mais forte.

Luiz Sallim Emed, presidente do Atlético

Entre as possibilidades a serem discutidas está a criação da Liga Paranaense. A ideia não representaria, em princípio, ruptura com a FPF, mas sim um mecanismo para a obtenção de contratos e patrocínios melhores.

“Se for como a Futpar [associação de clubes criada em 2008 e que acabou no fim de 2009] não tem sentido. Além disso, é difícil ter a aprovação de todos os clubes. Mas se for uma liga, focada mais na parte financeira, é diferente. Vamos lá escutar, mas sem uma opinião fechada”, destaca o presidente de honra do J.Malucelli, Joel Malucelli.

Se a insatisfação da dupla Atletiba já é antiga, o que motivou a criação da chapa de oposição na última eleição da FPF, clubes que apoiam o presidente Hélio Cury também tem as suas reclamações. É o caso do Foz do Iguaçu.

O valor que recebemos tem de ser maior para podermos disputar o Paranaense com dignidade.

Arif Osman, presidente do Foz do Iguaçu

“O valor que recebemos para jogar o Paranaense é muito inferior a Atlético, Coritiba e Paraná. Tem de ser maior para disputarmos com dignidade”, cobra o presidente Arif Osman. “A Federação tem de ser respeitada, mas participar de uma reunião de clubes não faz mal a ninguém”, acrescenta.

O encontro entre os clubes ocorrerá na véspera da assembleia convocada pela FPF para aprovar as contas da entidade e aproveita a presença dos presidentes dos times na cidade. As contas também podem ser discutidas entre os dirigentes nesta terça-feira.

Entre tantas possibilidades, a criação da Liga ainda é um assunto prematuro para a FPF. “Teriam de criar, aprovar, documentar. Se é independente, façam a Liga e desfiliem da FPF, sem problemas”, brada Hélio Cury.

Ele se refere ao artigo 39 do estatuto da Federação, que diz que a entidade é a única capaz de dirigir o futebol do estado e que obriga os clubes a disputarem ao menos uma competição de base e outra profissional pela FPF. Por isso, a tendência é que não se discuta uma organização à parte do Estadual, já que os times precisariam disputar duas competições locais para jogar o Brasileiro, por exemplo.

*Colaborou: Napoleão de Almeida, Especial para a Gazeta do Povo
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