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Vilson aceita Atletiba com torcida única

Mesmo faltando cinco rodadas para o primeiro Atletiba do ano, o local do clássico virou polêmica. Diante da probabilidade de o jogo ocorrer no Janguito Malucelli, com capacidade para 3.976 pessoas, o presidente do Coxa, Vilson Ribeiro de Andrade, lamentou a situação, mas vê uma saída política para a falta de espaço na praça esportiva do Corinthians-PR.

"O Atletiba é o maior espetáculo do futebol paranaense. Ele se esvazia no Ecostádio. Não pela beleza do estádio, que é maravilhoso e o campo tem todas as condições. Mas o público vai ser pequeno. Eu vejo naquele local algumas dificuldades que precisam ser superadas", disse An­­drade.

O presidente da Federação Pa­­ranaense de Futebol (FPF), Hélio Cury, lançou a ideia na segunda-feira de o Coritiba abrir mão de ter torcida no Atletiba para evitar mais tumulto. A entidade não po­­de determinar isso, pois feriria o Estatuto do Torcedor e o seu próprio regulamento, já que ambos preveem 10% dos ingressos para o time visitante. Mas Andrade admitiu que os torcedores do Al­­vi­­verde podem ficar de fora.

"Nós não conversamos sobre isso [torcida única], o Hélio não me procurou. Não tenho opinião formada, mas acredito que as condições do estádio não oferecem muitas opções", afirmou. "Isso tem que ser estudado com calma. Evidentemente se lá for torcida única, na volta aqui vai ser torcida única também", avisou o presidente coxa-branca.

Mesmo sendo o único time com 100% de aproveitamento no Estadual, líder isolado, há 38 jo­­gos invicto no Paranaense e com 22 vitórias seguidas no Regional, o Coritiba viverá hoje uma certa frustração ao entrar em campo contra o Lon­­drina, às 22 horas, no Estádio do Café.

Por um capricho do calendário, no mesmo horário, o Vasco terá sua estreia na Libertadores contra o Nacional do Uruguai. Um jogo que poderia estar sendo disputado pelo Alviverde – caso tivesse vencido a final da Copa do Brasil contra a equipe carioca.

Amanhã o sentimento de "po­­deria ser eu" aumentará com a primeira partida do Internacional na fase de grupos do torneio continental, contra o peruano Juan Aurich. O time gaúcho só conseguiu a classificação no Brasileiro do ano passado porque, na última rodada, o Coxa, que só dependia de si para ficar com esta vaga, tropeçou.

Com o pensamento atualmente só no Paranaense, jogadores e o técnico coxa-branca evitam lamentar o fato de não estarem estreando na Liber­­tadores. Para Marcelo Oliveira, por exemplo, é hora de olhar para frente.

"Isso faz parte do passado, poderia ter sido uma história diferente e não faltou empenho para que isso acontecesse. Ape­­nas tivemos uma tarde muito infeliz naquele dia [do Atletiba derradeiro do Brasileiro] e não conseguimos, mas segue o caminho. O Coritiba tem muita coisa boa pela frente", diz o treinador.

Os jogadores do Coxa também usam o discurso de não lamentar o passado. O meia Tcheco, inclusive, lembrou que a ausência na Liber­­tadores trouxe benefícios, pois evitou que o clube gastasse mais do que podia. "Talvez para disputar uma Pré-Libertadores teria que fazer algumas contratações mais arriscadas e isso poderia sair um pouco da política de pés no chão", diz.

Mesmo assim, Tcheco assume que seria melhor enfrentar hoje a equipe uruguaia, o que concretizaria um sonho coxa-branca dois anos antes do projetado.

"Mas acho que serviu de li­­ção", argumenta o jogador. "No ano passado brigamos em todas as competições por título ou por va­­ga na Libertadores, como foi o Brasileiro. Isso amadurece a equi­­pe também", completa o meia, que ainda não pensou que poderia estar disputando o campeonato continental. "Agora que vai co­­meçar pode ser que isso ocorra", admite.

Na equipe que enfrenta o Lon­­drina, mesmo sem confirmação, a tendência é de que a única novidade seja o retorno de Davi no lu­­gar de Renan Oliveira. O atleta tinha sido poupado na goleada sobre o Arapongas. Jonas, com uma entorse no joelho, deve ficar de fora por três semanas.

Ao vivo

Londrina x Coritiba, às 22 h, na RPC TV.

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