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A cantora Whitney Houston, morta em fevereiro de 2012 | Gary Hershorn/Reuters
A cantora Whitney Houston, morta em fevereiro de 2012| Foto: Gary Hershorn/Reuters

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou nota nesta sexta-feira (28) em repúdio à capa da revista Placar, da Editora Abril, de outubro, na qual o jogador Neymar aparece crucificado em imagem semelhante à de Jesus Cristo.

A CNBB afirma que a revista tentou conseguir mais atenção por meio da "provocação". Segundo a CNBB, a imagem causa "indignação" e que há "limites objetivos" para a liberdade de expressão. "Reconhecemos a liberdade de expressão como princípio fundamental do estado e da convivência democrática, entretanto, que há limites objetivos no seu exercício. A ridicularização da fé e o desdém pelo sentimento religioso do povo por meio do uso desrespeitoso da imagem da pessoa de Jesus Cristo sugerem a manipulação e instrumentalização de um recurso editorial com mera finalidade comercial", diz a nota.

A revista especializada em futebol trata em sua reportagem de capa sobre o que chama de "polêmica do momento no futebol brasileiro: a crucificação de Neymar". Segundo a "Placar", o jogador do Santos e da seleção brasileira, vaiado nos estádios nas últimas semanas e chamado de "cai-cai" por torcedores e por parte da mídia, virou o "bode expiatório em um esporte onde todos jogam sujo".

Para a CNBB, a revista foi "insensível ao recente quadro mundial de deplorável violência causado por uso inadequado de figuras religiosas". "Prestando, assim, um grave desserviço à consolidação da convivência respeitosa entre grupos de diferentes crenças".

Por fim, a entidade afirma que a revista desrespeitou o "que existe de mais sagrado pelos cristãos". "A fotomontagem usa de forma explícita a imagem de Jesus Cristo crucificado, mesmo que o diretor da publicação tenha se pronunciado negando esse fato tão evidente, e isso se constitui numa clara falta de respeito que ofende o que existe de mais sagrado pelos cristãos e atualiza, de maneira perigosa, o já conhecido recurso de atrair a atenção por meio da provocação.

Confira a íntegra da nota:

"A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, manifesta profunda indignação diante da publicação de uma fotomontagem que compõe a capa de uma revista esportiva na qual se vê a imagem de Jesus Cristo crucificado com o rosto de um jogador de futebol. Reconhecemos a liberdade de expressão como princípio fundamental do estado e da convivência democrática, entretanto, que há limites objetivos no seu exercício. A ridicularização da fé e o desdém pelo sentimento religioso do povo por meio do uso desrespeitoso da imagem da pessoa de Jesus Cristo sugerem a manipulação e instrumentalização de um recurso editorial com mera finalidade comercial. A publicação demonstrou-se, no mínimo, insensível ao recente quadro mundial de deplorável violência causado por uso inadequado de figuras religiosas, prestando, assim, um grave desserviço à consolidação da convivência respeitosa entre grupos de diferentes crenças. A fotomontagem usa de forma explícita a imagem de Jesus Cristo crucificado, mesmo que o diretor da publicação tenha se pronunciado negando esse fato tão evidente, e isso se constitui numa clara falta de respeito que ofende o que existe de mais sagrado pelos cristãos e atualiza, de maneira perigosa, o já conhecido recurso de atrair a atenção por meio da provocação. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, manifesta profunda indignação diante da publicação de uma fotomontagem que compõe a capa de uma revista esportiva na qual se vê a imagem de Jesus Cristo crucificado com o rosto de um jogador de futebol. Reconhecemos a liberdade de expressão como princípio fundamental do estado e da convivência democrática, entretanto, que há limites objetivos no seu exercício. A ridicularização da fé e o desdém pelo sentimento religioso do povo por meio do uso desrespeitoso da imagem da pessoa de Jesus Cristo sugerem a manipulação e instrumentalização de um recurso editorial com mera finalidade comercial. A publicação demonstrou-se, no mínimo, insensível ao recente quadro mundial de deplorável violência causado por uso inadequado de figuras religiosas, prestando, assim, um grave desserviço à consolidação da convivência respeitosa entre grupos de diferentes crenças. A fotomontagem usa de forma explícita a imagem de Jesus Cristo crucificado, mesmo que o diretor da publicação tenha se pronunciado negando esse fato tão evidente, e isso se constitui numa clara falta de respeito que ofende o que existe de mais sagrado pelos cristãos e atualiza, de maneira perigosa, o já conhecido recurso de atrair a atenção por meio da provocação."

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