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O novo presidente Rogério Bacellar teve 62% do votos na eleição de sábado, no Couto Pereira. Cerca de 3,6 mil sócios foram às urnas | Henry Milléo/Gazeta do Povo
O novo presidente Rogério Bacellar teve 62% do votos na eleição de sábado, no Couto Pereira. Cerca de 3,6 mil sócios foram às urnas| Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo

Dois nomes são considerados fundamentais para a transição no Coritiba, com a saída de Vilson Ribeiro de Andrade e a entrada de Rogério Bacellar, eleito presidente no sábado para o triênio 2015-2017. Os de Ricardo Guerra, um dos novos vice-presidentes do Coxa, e João Paulo Medina, diretor da Universidade do Futebol.

"Queremos realizar uma transição segura e serena no Coritiba. E confiamos no trabalho do Guerra e do professor Medina para iniciarmos 2015 com tudo", declarou Rogério Bacellar, que toma posse junto com o novo Conselho Administrativo no próximo dia 18 (quinta-feira).

Empresário de sucesso oriundo de Pato Branco, no interior do Paraná, Guerra, com apenas 36 anos, será o responsável pela passagem administrativa no Alto da Glória. Já a partir de hoje, o integrante do G5 promete se debruçar sobre os documentos para diagnosticar a atual situa­ção do Alviverde.

A principal preocupação é com as finanças. Durante a campanha eleitoral, Andrade afirmou que a dívida exigível do Coxa é de ‘apenas’ R$ 20 milhões, que 50% do total já está vinculado ao Refis e o restante será incluído no Proforte. Bacellar, entretanto, disse ter conhecimento de R$ 200 milhões em débitos.

"Daqui até a posse é um tempo muito curto, mas vamos procurar aproveitar da melhor forma possível. Temos boas informações financeiras e algumas coisas não batem com o que atual diretoria diz. Sabemos de atletas e funcionários ainda reclamando de salários atrasados", comentou Guerra – além dele e de Bacellar, André Macias, Gilberto Serpa Griebeler e Ernesto Pedroso constituem o Administrativo.

Ainda no sábado, no Couto Pereira, membros da chapa vitoriosa "Coxa Maior" procuravam tranquilizar os funcionários do clube sobre o futuro. O receio dos empregados é que a mudança no comando detone uma avalanche de demissões.

Embora o agora novo presidente tenha dito que o Coxa está "inchado", Guerra preferiu um discurso cauteloso: "Toda mudança gera preocupação. Mas faremos uma avaliação com todo o respeito aos bons funcionários que o clube dispõe. Não haverá choque", garantiu.

Boa parte da análise de Guerra para o Alviverde foi baseada em um planejamento elaborado pela outra peça-chave na transição: João Paulo Medina. O professor e diretor da Universidade do Futebol vem hoje à Curitiba para conversar com a diretoria e assinar contrato para ser superintendente de futebol.

"Fiz um trabalho sem todos os elementos que achamos necessários conhecer. Vou precisar complementar para definir os caminhos de curto, médio e longo prazo para o departamento de futebol do clube", disse Medina, em entrevista à Rádio Banda B.

De acordo com o estudioso, é importante que o clube respeite os seus limites financeiros. "Tem que se levar em conta a atual realidade, que não é de uma saúde financeira invejável, como a grande maioria dos clubes brasileiros. Vamos fazer a mudança nesse cenário", analisou o paulista, ainda à Banda B.

Uma das primeiras medidas do setor será confirmar a permanência de Marquinhos Santos como treinador. O santista de 35 anos chegou a acertar com o Vasco durante a corrida eleitoral verde e branca, mas voltou atrás sob a justificativa de problemas familiares.

"É um menino de prestígio, sem qualquer dúvida. Mas vamos ter calma, sentar para conversar e definir de acordo com as condições financeiras do clube. Temos que dar tempo ao tempo", disse Ernesto Pedroso, integrantes do G5 que estará mais perto das decisões da bola.

Eleição

Rogério Bacellar foi eleito no sábado com 62% dos votos (2.241sócios), contra 38% (1.397) do então presidente Vilson Ribeiro de Andrade.

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