Futebol encarece, mas entrega menos
O balanço patrimonial do Coritiba aponta um encarecimento do futebol do clube. Os departamentos profissional e de base custaram, juntos, R$ 68,6 milhões, contra R$ 62,2 milhões do ano anterior. Um acréscimo puxado pelas despesas com pessoal, que subiram 18,6% de um ano para o outro.
Se pesou nas despesas, o futebol não teve a mesma influência nos lucros. Ao explicar a queda das receitas com competições/ bilheteria (35,1%) e receitas geradas pelo Couto Pereira e roialties do clube (16,1%), o balanço responsabiliza o desempenho esportivo, "inferior ao ocorrido em 2012".
O Coritiba fechou 2013 com aumento na receita e dívida estável, porém boas parte dos débitos terá de ser pago neste ano. Os números fazem parte do balanço patrimonial do clube, divulgado nesta quarta-feira (30), último dia do prazo para as empresas apresentarem suas contas.
De acordo com o relatório financeiro, o Coritiba teve R$ 96,7 milhões de receita em 2013 - valor 11,5% maior que os R$ 86,7 milhões de 2012. O acréscimo foi determinado por quatro itens: transações de atletas (41,3%), patrocínios (28,6%), direitos de transmissão (14.9%) e mensalidades de associados (10,4%).
Um dos motores do aumento de receita, o contrato de transmissão do futebol brasileiro também está na composição da dívida do clube. O passivo não circulante (que reúne contas que devem ser quitadas após o exercício seguinte; no caso, 2014) é de R$ 105,2 milhões, levemente inferior ao número apontado pelo balanço anterior: R$ 105,4 milhões.
A diferença maior está no passivo circulante, os compromissos assumidos pelo clube com vencimento em 2014. No balanço atual, este valor é de R$ 80,5 milhões, contra R$ 59,8 milhões do exercício anterior.
A maior fatia deste tipo de dívida (32,4%) é composto por empréstimos e financiamentos. São R$ 26,1 milhões, quase integralmente de "empréstimos bancários em decorrência de antecipação de recebíveis vinculados ao contrato de transmissão de televisão". Os empréstimos que vencem este ano somam R$ 25,7 milhões, dos quais são descontados R$ 3,6 milhões em encargos financeiros. Para o período entre 2015 e 2018, o adiantamento ainda consumirá R$ 11,8 milhões do Coritiba, dos quais são descontados R$ 2,9 milhões em encargos financeiros.
Ainda há dívidas a vencer até 31 de dezembro de 2014 com a CBF (R$ 2,2 milhões) e terceiros (R$ 1,7 milhão).
Déficit no capital de giroResponsável por auditar o balanço, a Mazars Auditores Independentes SS fez apenas uma ressalva: o clube não divulgou o total de atletas vinculados nem o percentual de direito econômico individual de cada um, exigência do Conselho Federal de Contabilidade. A empresa ainda enfatizou uma deficiência de capital de giro de R$ 69,1 mil, o que evidencia a necessidade de aportes de recursos financeiros.
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