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Coxa não pode tropeçar no clássico | Aniele Nascimento / Gazeta do Povo
Coxa não pode tropeçar no clássico| Foto: Aniele Nascimento / Gazeta do Povo

"É tudo ou nada". A frase, dita ontem pelo vice-presidente de futebol do Coritiba, Antônio Alves Pereira, o Toninho, dá uma ideia da pressão no clube diante do Atletiba do próximo sábado. A vitória sobre o rival é considerada fundamental no Alto da Glória para manter a esperança da equipe de fugir da Segundona.

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O cenário alviverde após a derrota para o Internacional na última rodada é o pior possível. Lanterna da competição, com 23 pontos, o Coxa não sairá neste fim de semana da ZR mesmo que vença o clássico. Porém, os resultados positivos nos jogos em casa são vistos como obrigação para ajudar a equipe a chegar aos 47 pontos, número que, segundo o matemático Tristão Garcia, é o necessário para o time escapar da Série B.

"Já avaliamos a tabela e sabemos que nosso caminho será no Couto Pereira, mas não podemos depender apenas disso", avisou o técnico Marquinhos Santos, ainda em Porto Alegre. "Vai ser um jogo com cara de decisão contra o Atlético", acrescentou o treinador.

Para chegar ao número da salvação, o clube precisa de 61,5% de aproveitamento até o fim da disputa – campanha idêntica à construída pelo Internacional, o 2.º colocado na tabela..

Com o clube na zona de rebaixamento em 21 das 25 rodadas, o comandante alviverde já adiantou que a sua primeira semana completa para trabalhar será de muitas cobranças para que não se perca a oportunidade de vencer jogando como mandante, independentemente do adversário.

Internamente, os alviverdes encaram o desafio como a chance de conseguir também um embalo emocional para as últimas partidas da competição. Apenas em outubro serão mais cinco duelos em sequência após o embate regional (ver gráfico).

A delegação coxa-branca chegou pela manhã a Curitiba vinda de Porto Alegre e recebeu folga na sequência. Hoje, no início da semana de Atletiba, a expectativa é de que Marquinhos Santos intensifique as exigências ao elenco.

O ambiente mais hostil, no entanto, não deve transparecer para a torcida – caso o Coritiba mantenha a política das três últimas semanas, como é provável, com os jornalistas proibidos pela direção do clube de acompanhar os treinos e entrevistar os jogadores no CT da Graciosa.

Para Marquinhos Santos, os cinco próximos jogos – Criciúma (casa), Goiás e Figueirense (fora) e Botafogo (casa) – são "primordiais e decisivos".

Quem já viveu vários clássicos como esse e entende a pressão é o ex-jogador coxa-branca Reginaldo Nascimento. Ele participou de momento parecido em 2005. "Agora a situação é ainda mais preocupante. Quando nós entrávamos em campo, já sabíamos o que ia acontecer. Se vencesse, os problemas iam todos para o Atlético. Desta vez, não vai ser assim", diz.

Para Nascimento, a atual crise alviverde deve ter outros motivos extracampo, já que "o time não é dos piores".

O Atletiba, além de amenizar a pressão interna, surge como a chance de marcar positivamente a inauguração da nova Reta da Mauá – uma obra de R$ 16,6 milhões.

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