O Green Hell coxa-branca foi o início da aproximação da Ala Jovem com a diretoria.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

O Coritiba vem acompanhando em seus bastidores, gradativamente, o crescimento de um grupo de torcedores batizado de Ala Jovem.

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Com cerca de 15 pessoas entre 200 conselheiros, o movimento já tem nomes importantes em comissões do Conselho Deliberativo, no setor de marketing, de sócios, de Relações Humanas e de patrimônio do clube.

Também realiza ações filantrópicas e alega não ter nenhum vínculo com conselheiros e dirigentes – muito embora Samir Namur, presidente do Deliberativo, seja conhecido internamente no Alto da Glória como um dos representantes da confraria.

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A cartilha da Ala Jovem, que raramente conversa com a imprensa, preferindo ficar fora dos holofotes, se apoia em tópicos administrativos, como austeridade fiscal e cumprimento do orçamento, e valores um tanto nostálgicos, como identificação de executivos com o clube.

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Sob bandeiras que variam entre a lembrança das velhas conquistas e a exigência de critérios mais racionais na contratação de jogadores e comissão técnica, o grupo tem como um de seus líderes mais proeminentes Gilcimar Chaves, o Juce. Justamente por ser uma estratégia política da Ala, ele não quis atender a reportagem da Gazeta do Povo.

Em texto recente, publicado no Globoesporte.com, o conselheiro dá uma noção das pretensões do grupo e a busca por representatividade.

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“O cenário político do Coritiba Foot Ball Club, administração e conselhos, foi tradicionalmente caracterizado pela pouca abertura. O torcedor acostumou-se a ver nos cargos sempre as mesmas pessoas e com o mesmo perfil, fruto principalmente de um estatuto ultrapassado, que, por exemplo, privilegia antiguidade associativa e cargos vitalícios para a composição dos conselhos”, afirma.

O grupo, que iniciou sua caminhada política se aproximando da diretoria para a organização do Green Hell (festa com sinalizadores verdes para receber o time no Couto Pereira), teve muita influência na punição dos envolvidos nos julgamentos da doação para a campanha da Federação Paranaense de Futebol e no Escândalo do WhatsApp, que derrubou dirigentes do clube. No caso, mensagens envolvendo funcionários, dirigentes e conselheiros do clube foram vazadas, expondo um racha na diretoria alviverde. Também reprovam Alceni Guerra como vice-presidente do clube.

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A Ala Jovem também tem afinidades com a Torcida Organizada Império Alviverde – integrantes do grupo compartilham em redes sociais eventos relacionados à torcida –, mas não há evidências de relação direta com a diretoria da organizada, nem sequer de participação em ações conjuntas.

Apesar de cobrarem muito, possuem uma relação de respeito com o presidente do Coxa e serão elementos importantes no processo de definição das chapas que concorrem à presidência do clube, em dezembro. O candidato que tiver o aval do grupo – seja ele próprio ou apenas apoiado por essa corrente de torcedores – certamente buscará se colar a essa imagem de renovação.

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