O lateral-direito Jackson deixa o campo chorando: suspeita de rompimento dos ligamentos do joelho direito| Foto: Josué Teixeira/ Gazeta do Povo
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Opinião

Coritiba contra os vícios do passado

O empate deixou frustrado o torcedor do Coritiba pelo fato de a vitória ter passado tão perto. Fora isso, o 2 a 2 com o Operário não favoreceu as ambições de título. Só que mesmo com essas lamentações, é preciso elogiar a evolução do time do Alto da Glória. O Alviverde está vencendo velhos e maus hábitos.

A pasmaceira da bola parada e do cruzamento deu lugar a uma equipe dinâmica. Os jogadores estiveram mais próximos entre si, com toques rápidos e bastante movimentação no ataque. O jogo em velocidade altíssima até os últimos momentos difere totalmente de outra marca do Coritiba, adquirida em 2011: a sonolência em alguns momentos da partida.

O que se viu em Ponta Grossa foi a briga até o fim. Isso contraria outro vício Alviverde, o de sair na frente, adormecer e tentar levar a partida de forma lenta. O Coritiba está mais ligado em campo e vai precisar manter a mesma pegada para a partte final da competição.

Ciro Campos, repórter.

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O Coritiba desperdiçou ontem uma grande oportunidade de ficar calmo e tranquilo na liderança do segundo turno do Campeonato Paranaense. Não que o time tenha perdido a ponta após o empate por 2 a 2 com o Operário. Segue em primeiro com 22 pontos. Mas a vantagem para o rival Atlético que antes do início da rodada era de quatro, caiu para dois pontos. Ou seja, esquentou ainda mais o Atletiba do próximo domingo, no Couto Pereira. Quem vencer o clássico deve conquistar a fase.

O resultado amargo na vida alviverde tem explicação. O Operário, que ainda pensava em Série D, dificultou muito a vida dos comandados pelo técnico Marcelo Oliveira. Em um dos melhores jogos do Estadual, os times buscaram o ataque o tempo todo, cansando de desperdiçar chances.

"Foi um jogo bom para quem viu. As equipes procurando bastante os gols. A torcida aplaudiu. A partida foi digna de um espetáculo", exagerou o meia Tcheco. "Corremos o risco porque abrimos o time com as substituições. Foi um jogo equilibrado e emocionante", emendou Marcelo Oliveira, se referindo às entradas dos ofensivos Marcel e Éverton Ribeiro nos lugares de Gil e Artur, dois marcadores, respectivamente.

Éverton Ribeiro foi o responsável por selar a igualdade, após o Fantasma sair na frente com dois gols de Baiano, um deles de bicicleta. Roberto abriu o placar logo no começo do primeiro. Ribeiro tem se mostrado eficiente quando é chamado pelo treinador. Ele marcou três gols nos últimos três jogos, sempre saindo do banco reservas. Ontem, por opção do departamento de comunicação coxa, não concedeu entrevista coletiva após a partida.

No fim, e apesar da aproximação do concorrente, os jogadores do Alviverde elogiaram a postura da equipe. "Tivemos uma grande evolução na parte da criação", destacou Roberto. O duelo também rendeu polêmicas – cada time teve um gol anulado –, como fez questão de lembrar Tcheco: "A Federação [Paranaense de Futebol] não pode liberar para um jogo bolas velhas, ruins como foi hoje [ontem]. E tem outra: o goleiro do Operário estava com a camisa igual à do time", disparou.

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Outro problema para Marcelo Oliveira resolver é em relação à lateral direita. Jackson deixou ontem o campo com a suspeita de rompimento de ligamento cruzado do joelho direito. Ele passará por exames hoje para confirmar a gravidade da lesão. De qualquer maneira, não estará em campo no Atletiba decisivo de domingo.

O jogo

O Operário optou pelos contra-ataques, esperando o Coxa tomar atitude. Em partida muito disputada, os times correram até o fim e se revezaram no comando das ações ofensivas. No fim o empate acabou sendo o resultado mais justo.