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Famíla Cardoso em ritmo de concentração para a finalíssima de quarta-feira, no Couto Pereira | Hugo Harada/ Gazeta do Povo
Famíla Cardoso em ritmo de concentração para a finalíssima de quarta-feira, no Couto Pereira| Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo

Apesar da circunstância adversa, o torcedor coxa-branca se apega ao bom retrospecto do time dentro de casa para manter viva a esperança de conquistar a Copa do Brasil.

Após a derrota contra o Palmeiras na quinta-feira, o Coritiba terá de vencer o rival paulista por três gols de diferença ou superá-lo por 2 a 0, para levar a decisão para os pênaltis. Situação agravada pelo retrospecto do mata-mata nacional.

Apesar de o Coxa em casa ter uma média de três gols por partida (15 bolas na rede em cinco jogos) e ter tomado apenas dois gols, nenhum time conseguiu na história da competição uma reversão de placares tão grande quanto a buscada pelo campeão paranaense em 23 edições do torneio.

Realidade que faz o fã coritibano se sentir ainda mais importante. Gilcimar Chaves, o Juce, um dos organizadores do show de luzes Green Hell, prefere, por exemplo, se ater a outro retrospecto: o Coritiba não perdeu nenhum jogo em que contou com o apoio do "inferno verde".

Iniciado em 2009, o show luminoso foi organizado em nove jogos. O time ganhou em sete deles e empatou nos outros dois. "É o Green Hell da sorte", garante Juce.

E a décima edição do espetáculo promete superar todas as anteriores. Com a proibição de sinalizadores dentro do estádio, o espetáculo vai ser garantido na quarta-feira, a partir das 21h50, com artefatos de luzes e fumaça, a ser iniciado quando os jogadores entrarem em campo e com uma duração de 10 a 15 minutos.

Em quatro dias, os organizadores arrecadaram R$ 85 mil para a empreitada. Na parte de fora do Alto da Glória, o grupo organizará uma "Mauá em chamas". A rua será tomada por sinalizadores para recepcionar os jogadores na chegada para o duelo.

"Estamos confiantes. Para o Coxa, nada é fácil, sempre foi sofrido. Enquanto tiver jogo, estamos esperançosos", completa Juce.

O setor de marketing do Coxa – sem adiantar detalhes – planeja fazer ações pontuais para incentivar ainda mais os coritibanos.

Quem viu in loco a derrota em Barueri (2 a 0) também não joga a toalha. "Aqui no Couto, a magia da torcida parece que empurra a bola para dentro do gol", resume o coxa-branca Eduardo Assis Cardoso, um dos membros da caravana à Grande São Paulo. Ele diz acreditar que, se o Coritiba jogar "encurralando" o Palmeiras do início ao fim da partida, o time paranaense vence de goleada.

"No aeroporto [no retorno a Curitiba], encontrei alguns torcedores do Palmeiras sérios e cabisbaixos. Eles sabem que aqui no Couto o Coritiba não perdoa e vai para cima", garante. Otimista, Cardoso irá assistir ao jogo no estádio, acompanhado de toda a família coxa-branca.

O empresário Guilherme Costa Straube, membro do Helênicos (historiadores do Coritiba), também endossa a chamada "força da torcida", apesar de reconhecer os obstáculos que o time terá pela frente. "Não está perdido de forma alguma, mas está mais difícil."

Mas o discurso de confiança ganha alento na voz de quem já viveu decisões pelo Coritiba. O ex-meia-atacante Dirceu Krüger, craque dos anos 60 e 70, é um desses que afasta o "já perdeu". Segundo o ídolo coxa-branca "o grupo está muito bom, com jogadores de alta qualidade, e o time está unido e confiante".

"Não tem resultado que seja impossível para equipes como a do Coritiba", desafia Krüger.

O goleiro Jairo do Nas­­ci­­mento, destaque dos anos 70 e 80, reforça que ficou difícil a situação devido à vantagem conquistada pelo Palmeiras, mas.... "Se o Coritiba jogar como jogou na primeira etapa do jogo da quinta-feira, tenho certeza que consegue", diz.

"O Coritiba sempre se supera quando joga em casa. A torcida dá uma condição muito boa para a equipe, quando eu jogava era da mesma forma", garante o ídolo.

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